SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Governo do Estado de Alagoas

Esquistossomose

A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni.

O homem é o hospedeiro definitivo do Shistosoma que, em suas formas intermediárias se desenvolve em caramujos do gênero Biomphalaria.

A esquistossomose é um grande problema de saúde pública. Estando presente na área rural e nas periferias das cidades, estando relacionada ao déficit no saneamento.

Sintomas e modo de transmissão

A doença, inicialmente, é assintomática, mas pode evoluir para formas clínicas extremamente graves e levar o paciente à morte.

Na fase aguda, a pessoa pode apresentar febre, dor na cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia. Em alguns casos o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho. Na forma crônica a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes.

Além disso, o paciente pode sentir tonturas, dor na cabeça, sensação de plenitude gástrica, prurido anal, palpitações, impotência, emagrecimento e endurecimento do fígado, com aumento do seu volume. Nos casos mais graves, da fase crônica, o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água.

A pessoa infectada elimina ovos do Shistossoma por meio das fezes. Os ovos existentes nas fezes, em contato com a água, eclodem e liberam larvas (chamadas miracídios) que infectam os caramujos (hospedeiros intermediários) que vivem nas águas doces com pouca correnteza ou parada. Depois de 4 a 7 semanas as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nessas águas, penetrando pela pele das pessoas que frequentam essas águas para o trabalho ou para o lazer. O caramujo infectado elimina cercaria por toda a vida (1 ano aproximadamente).

Do momento da penetração da cercaria até o Shistosoma ficar adulto no organismo humano, são, em média, 2 a 6 semanas.

 

Prevenção

A prevenção consiste, basicamente, em evitar o contato com águas onde existam os caramujos infectados.

Não existe vacina contra o Shistosoma.

O destino adequado das fezes, por meio do saneamento básico, é a solução mais definitiva.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da esquistossomose é realizado por meio do exame das fezes.

O tratamento para os casos simples pode ser feito em casa. O medicamento (praziquantel) na forma de comprimidos é distribuído gratuitamente pelos serviços de saúde.

A indicação do tratamento depende da situação da localidade com relação à presença de pessoas com resultado positivo do exame das fezes:

* Nas localidades com percentual de positividade abaixo de 15% devem ser tratadas apenas as pessoas cujos exames deram resultado positivo para o Schistosoma (casos positivos).

* Nas localidades com percentual de positividade entre 15 e 25% devem ser tratados os casos positivos e as pessoas que convivem com esses casos.

* Nas localidades com prevalência acima de 25% é indicado o tratamento coletivo do maior número de pessoas que vivem nesses territórios.

Os casos graves geralmente requerem internação hospitalar e tratamento cirúrgico.

Como está a esquistossomose em Alagoas?

Importante procurar o serviço de saúde ou o Agente de Controle de Endemias para saber qual a situação do município em relação à esquistossomose e à presença de águas com caramujos.

Em Alagoas a área endêmica para a esquistossomose abrange 70 municípios, ou seja, existem doentes e águas com caramujo.

 

Na SESAU para mais informações ligar para: (82) 3315-1661