SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Governo do Estado de Alagoas

Prevenção ao Tabagismo

Prevenção ao Tabagismo

A fumaça do cigarro é composta por aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas, que se constitui de duas fases fundamentais: a fase particulada (contém nicotina e alcatrão) e a fase gasosa (composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína). Dentre as substâncias que compõem a fumaça do cigarro, 60 cancerígenas, sendo as principais citadas abaixo:

– Nicotina: é a causadora do vício e cancerígena;

– Benzopireno: substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo;

– Substâncias Radioativas: polônio 210 e carbono 14;

– Agrotóxicos: DDT;

– Solvente: benzeno;

– Metais Pesados: chumbo e o cádmio (um cigarro contém de 1 a 2 mg, concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispnéia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago);

– Níquel e Arsênico: armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc.

O relatório de 2014 do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos listou 55 doenças que tem o tabaco como origem. O tabagismo é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, 30% das mortes por outros tipos de câncer (boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero), 25% das doenças vasculares e 25% das mortes por angina e infarto do miocárdio.

Outras doenças que podem ter seu risco de ocorrência aumentado em decorrência do tabagismo são hipertensão, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias, trombose vascular, osteoporose, catarata, impotência sexual no homem, complicações na gravidez, entre outras. Sabemos que o tabaco é prejudicial à saúde. Embora a nossa sociedade tenha avançado muito e já não sejamos expostos a fumar em todo o lado, o tabaco continua a ser a principal causa de doenças evitáveis ​​e mortes no nosso país e em todo o mundo.

Ao deixar de fumar, você viverá mais e fará isso com melhor saúde e qualidade de vida. Outro motivo muito importante é em relação a sua família e amigos, ao parar de fumar você irá protegê-los dos efeitos nocivos do tabaco. Vale salientar também, que o dinheiro gasto em cigarro pode ser poupado e até reinvestido.

 

Abstinência: como superar os sintomas

Os sintomas da abstinência do cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando o nível de dependência. Dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade e alteração do sono são alguns dos sintomas da abstinência. Esse conjunto de reações desconfortáveis, que podem incluir o aumento do apetite, tristeza e até depressão, é chamado de síndrome de abstinência da nicotina.

Com o entendimento de que o fumante é um dependente químico da nicotina, que é uma droga que atua no cérebro estimulando de forma desordenada a liberação de substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, é possível compreender que ao parar de fumar haverá uma menor concentração dessas substâncias no organismo e essa mudança provocará a síndrome de abstinência.

Nas primeiras semanas sem fumar os sintomas de abstinência podem ser mais drásticos. Por isso, para sofrer menos com as reações físicas e psicológicas (que existem, mas são passageiras), o dependente químico pode seguir as seguintes dicas:

 – Tenha determinação

– Marque um dia para parar

– Corte gatilhos do fumo

– Escolha um método: abrupto ou gradual

– Encontre substitutos saudáveis

– Livre-se das lembranças do cigarro

– Encontre apoio de amigos e familiares

– Escolha a melhor alimentação

– Procure apoio médico

– Troque experiências em um grupo de apoio

Novas terapias do SUS ajudam a parar de fumar

O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer 10 novas terapias, somando agora 29 opções para a população. As terapias são complementares aos tratamentos habituais, dentro do protocolo e com medicamento. Cerca de 80% dos serviços acontecem na atenção básica e são oferecidos pelos próprios profissionais da equipe.

O Brasil lidera a oferta de modalidades integrativas na saúde pública com 29 práticas e 5 milhões de usuários em 9.350 estabelecimentos de 3.173 municípios. Os tratamentos que utilizam recursos terapêuticos são baseados em conhecimentos tradicionais e científicos e voltados para curar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão, de forma complementar e integrada a medicina convencional. Confira as novas modalidades disponíveis:

– Apiterapia: método que utiliza produtos produzidos pelas abelhas nas colmeias como apitoxina, geleia real, pólen, própolis, mel e outros;

– Aromaterapia: uso de concentrados voláteis extraídos de vegetais. Os óleos essenciais promovem bem-estar e saúde;

– Bioenergética: visão diagnóstica aliada à compreensão do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos. Ajuda a liberar as tensões do corpo e facilita a expressão de sentimentos;

– Constelação familiar: técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família;

– Cromoterapia: utiliza as cores nos tratamentos das doenças com o objetivo de harmonizar o corpo;

– Geoterapia: uso da argila com água que pode ser aplicada no corpo. Usado em ferimentos, cicatrização, lesões, doenças osteomusculares;

– Hipnoterapia: conjunto de técnicas que pelo relaxamento e concentração induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado que permite alterar comportamentos indesejados;

– Imposição de mãos: cura pela imposição das mãos próximo ao corpo da pessoa para transferência de energia para o paciente. Promove bem-estar, diminui estresse e ansiedade;

– Ozonioterapia: mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com finalidade terapêutica. Promove melhoria de diversas doenças. Usado na odontologia, neurologia e oncologia;

– Terapia de Florais: uso de essências florais que modificam certos estados vibratórios. Auxilia no equilíbrio e harmonização do indivíduo.

Mais de 9.300 estabelecimentos de saúde ofertam alguma prática integrativa e complementar, o que representa cerca de 28% das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Elas estão presentes em quase 30% dos municípios brasileiros, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e todas as capitais brasileiras.

Referências

http://www.estilosdevidasaludable.mscbs.gob.es/tabaco/razones/salud/home.htm

https://saudebrasilportal.com.br/eu-quero-parar-de-fumar/estudo-lista-55-doencas-relacionadas-ao-tabaco

https://saudebrasilportal.com.br/eu-quero-parar-de-fumar/serie-dez-passos-para-parar-de-fumar-encontre-substitutos-saudaveis

https://saudebrasilportal.com.br/eu-quero-parar-de-fumar/sintomas-da-abstinencia-do-cigarro-e-como-supera-los

https://saudebrasilportal.com.br/eu-quero-parar-de-fumar/antenados-jovens-sao-mais-suscetiveis-a-modismos-do-tabagismo

https://saudebrasilportal.com.br/eu-quero-parar-de-fumar/novas-terapias-disponiveis-no-sus-podem-ajudar-a-parar-de-fumar

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/tabagismo.htm