SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Governo do Estado de Alagoas

Doenças letra D

O que é?

A Dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus. A transmissão é feita pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

Tipos

Existem quatro tipos de dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Ao contrair um deles, o indivíduo desenvolve imunidade para o sorotipo e parcial ou temporária contra os outros tipos.

Transmissão

A transmissão ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti. Somente mosquitos contaminados transmitem a doença.

Sintomas

Dengue clássica:

  • Febre alta com início súbito (39° a 40°C);
  • Forte dor de cabeça;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Perda do paladar e apetite;
  • Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
  • Náuseas e vômitos;
  • Tontura;
  • Extremo cansaço;
  • Moleza e dor no corpo;
  • Muitas dores nos ossos e articulações;
  • Dor abdominal (principalmente em crianças).

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue clássica. A diferença é que quando a febre diminui, por volta do terceiro ou quarto dia surgem hemorragias por causa de sangramentos de vasos na pele e em órgãos internos. Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. Quando acaba a febre começam a surgir os sinais de alerta:

  • Dores abdominais fortes e contínuas.
  • Vômitos persistentes.
  • Pele pálida, fria e úmida.
  • Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
  • Manchas vermelhas na pele.
  • Comportamento variando de sonolência à agitação.
  • Confusão mental
  • Sede excessiva e boca seca.
  • Dificuldade respiratória.
  • Queda da pressão arterial.

Prevenção

  • Elimine os criadouros do mosquito. Não deixe a água parada em nenhuma superfície da sua casa;
  • Evite áreas endêmicas ou com a presença do mosquito;
  • Uso de telas de proteção em janelas e portas afasta o mosquito de ambientes interno;
  • Use o repelente adequado com sua idade*
  • Use roupas que protegem braços e pernas em áreas expostas ao mosquito.

Tratamento

Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. É possível apenas tratar os sintomas da doença - tratamento sintomático. É importante tomar muito líquido para evitar a desidratação.

Vacina

Existe uma vacina para dengue que só deve ser aplicada em pessoas que já receberam o diagnóstico da doença anteriormente. Pessoas que não contraíram a doença e receberem a vacina podem ter um risco maior de contrair casos mais graves de dengue após a imunização.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

Trata-se de uma patologia psiquiátrica cuja alteração principal é o humor ou afeto deprimido e geralmente acompanhada por alterações das atividades, com outros sintomas secundários, facilmente compreendidos no contexto das alterações.

Sintomas

Na depressão encontramos sintomas psíquicos e físicos. Os sintomas da depressão são variados, como tristeza, pensamentos negativos, sintomas físicos e corporais. Estão presentes: humor deprimido, perda ou desinteresse pela vida, dificuldade de concentração, alteração do apetite, alteração do sono, perda ou ganho de peso, lentificação das atividades físicas e mentais, sentimentos de culpa, fracasso.

Como reconhecer?

  • O sentimento de tristeza a maior parte do tempo, redução da energia e diminuição da atividade.
  • Alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral a fadiga importante.
  • Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite.
  • Diminuição da autoestima e da autoconfiança e frequentemente ideias de culpabilidade.
  • Pode ser acompanhada de sintomas ditos “somáticos”.

Quais são as causas?

As causas são múltiplas: fatores genéticos e fisiológicos, por exemplo, familiares de primeiro grau de indivíduos com depressão têm riscos de duas a quatro vezes mais elevado de desenvolver depressão. Causas psicológicas como experiências adversas na infância e ambientais, como eventos estressores podem desencadear a patologia.

Como diferenciá-la da "tristeza normal"

A tristeza faz parte dos nossos sentimentos e emoções. É “normal” passarmos por momentos ou algum período de tristeza, por exemplo, quando sofremos perdas ou frustrações. Quando o grau de sofrimento é grande e provoca prejuízo na nossa capacidade funcional, aí começamos a pensar em um quadro patológico.

Quais são os riscos e consequências da doença?

Como é uma doença que acontece principalmente na população de adultos jovens, poderá haver prejuízo na sua capacidade funcional, no trabalho, relacionamentos e inclusive temporariamente incapacidade para trabalhar, o mais grave risco é o de suicídio.

Como é feito o diagnóstico?

Predominantemente clínico, ou seja, depende de uma avaliação de um profissional da área (psiquiatra ou psicólogo). Os exames podem ajudar, mas o essencial é a avaliação feita por estes profissionais.

Quais as opções do tratamento?

Atualmente existem algumas possibilidades terapêuticas, como os medicamentos antidepressivos serotoninérgicos e psicoterapia nas suas modalidades.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

É o acúmulo anormal de líquido na cavidade ou espaço pleural.

A cavidade pleural é um espaço virtual que fica entre as costelas (e seus músculos intercostais) e o pulmão. Ela é delimitada pela pleura e cada indivíduo possui duas cavidades pleurais separadas (direita e esquerda), que normalmente são independentes.

A pleura é uma fina membrana que reveste toda a superfície do pulmão e que continua recobrindo a face interna da parede torácica (que compreende as costelas e seus músculos intercostais).

Conforme os movimentos da nossa respiração, a pleura que recobre o pulmão (pleura visceral) desliza sobre a pleura que recobre a face interna da parede torácica e diafragma (pleura parietal), através de uma pequena quantidade normal de líquido pleural que funciona como lubrificante.

O líquido pleural é produzido e absorvido pela pleura. Quando há aumento da produção, diminuição da absorção ou ambas as situações, ocorre o derrame pleural. Ocorre derrame pleural também quando há líquido que passa da cavidade abdominal pelo diafragma (músculo responsável pela nossa inspiração e que separa a cavidade pleural da cavidade abdominal).

Aqui vale ressaltar que o jargão popular “água no pulmão” é um termo inadequado para se referir ao derrame pleural, uma vez que o acúmulo de líquido nesta situação ocorre ao redor do pulmão e não dentro deste.

Tipos

O derrame pleural pode ser classificado como transudato ou exsudato, dependendo da análise laboratorial de sua composição. O transudato é um líquido sem células inflamatórias e possui baixos teores de proteínas e de DHL (desidrogenase lática). A insuficiência cardíaca é uma das principais causas. O exsudato por outro lado é um líquido com maiores teores de proteínas e de DHL, associado a células inflamatórias. Infecções pleurais e neoplasias são as principais causas de exsudato.

Os derrames pleurais também podem ser classificados quanto ao sua coloração: transparentes, amarelo-citrino (amarelo límpido, transudato), amarelo-turvo (amarelo opaco, exsudato), purulento (presença de pus), sero-hemorrágico (“sangue aguado”), hemorrágico ou leitoso (aspecto de leite e/ou gordura). A cor pode dar o indício da causa do derrame pleural e orientar o tratamento necessário.

Causas

São exemplos de causas de derrame pleural na forma de transudato: insuficiência cardíaca congestiva, hidrotórax hepático (insuficiência hepática com ascite, líquido na cavidade abdominal, que migra para a cavidade pleural por poros do diafragma), diálise peritoneal, tromboembolismo pulmonar, hipoalbuminemia, síndrome de veia cava superior, atelectasia (pulmão colabado), hipotireoidismo, cateter central (acesso venoso com erro de posicionamento, e dessa forma soro e outros produtos em vez de infundidos na veia cava são infundidos na cavidade pleural), urinotórax (comunicação do trato urinário com a pleura, entrando urina na pleura), fístula duropleural (comunicação das meninges com a pleura, entrando líquor na pleura).

São exemplos de causas de derrame pleural na forma de exsudato: derrame pleural parapneumônico e empiema pleural, tuberculose pleural, outras infecções pleurais (fungos, vírus, outras bactérias, parasitas), neoplasias (tumores), doenças do colágeno e vasculites (doenças reumatológicas), quilotórax (acúmulo de linfa na cavidade pleural), hemotórax (acúmulo de sangue na cavidade pleural).

Sintomas

Os sintomas mais frequentes são: dor torácica (do lado afetado), tosse seca e falta de ar. A tosse seca é desencadeada por compressão externa dos brônquios próximos ao derrame pleural, e a falta de ar normalmente é proporcional ao volume do derrame pleural, mas a velocidade de acúmulo é um dos fatores importantes a serem considerados na instalação da falta de ar.

Um acúmulo lento pode fazer o paciente só perceber a falta de ar quando o volume de líquido já for muito grande. Se o liquido se acumula rapidamente os sintomas são mais proeminentes, assim como se o paciente já tiver doenças cardio-pulmonares prévias, mesmo se o volume for pequeno.

Presença de pus ou sangue na pleura, por exemplo, podem produzir uma inflamação da pleura parietal capaz de gerar dor pleurítica (dor que piora à inspiração profunda).

Diagnostico

A suspeita clínica pode ser feita através do exame físico realizado pelo médico, ao se constatar uma diminuição da ausculta do lado acometido, além de menor expansibilidade da caixa torácica, além dos sinais de desconforto respiratório do paciente (aumento da frequência respiratória, não consegue deitar, cansaço aos esforços).

O diagnóstico de que o paciente possui derrame pleural pode ser feito através de radiografia de tórax realizada em pé (de frente e de lado); às vezes, quando há dúvidas, é necessário complementar com uma imagem de raio-X com o paciente deitado de lado para saber se o liquido escorre.

A ultrassonografia de tórax tem se tornado uma ferramenta muito útil e de fácil realização (principalmente com aparelhos portáteis) na detecção do derrame pleural, assim como tem ajudado a orientar os tratamentos e guiar punções e drenagens do derrame pleural, diminuindo a chance de ocorrência de complicações nestes procedimentos.

A tomografia de tórax pode ser útil para detectar derrames pleurais de pequeno volume que não aparecem na radiografia de tórax e/ou diferenciar as possíveis causas do derrame pleural.

A toracocentese diagnóstica consiste na punção e coleta do liquido pleural para ser encaminhado para análise laboratorial. Ela pode servir também para esvaziar o derrame pleural e fazer parte do tratamento (toracocentese esvaziadora ou terapêutica).

Eventualmente há necessidade de biópsia da pleura parietal para diagnóstico. A biópsia de pleura pode ser feita através de punção–biópsia com agulha ou através de videotoracoscopia (cirurgia feita por ótica de vídeo, em que se faz a biópsia sob visão direta da pleura, também conhecida por pleuroscopia). A biópsia retira um fragmento da pleura parietal e esta é enviado para estudo microscópico para determinar a causa do derrame pleural.

Tratamento

O tratamento do derrame pleural depende da quantidade de liquido pleural, dos sintomas, e da causa e/ou classificação como transudato ou exsudato.

Derrames pleurais de pequeno volume e/ou que não produzem sintomas podem ser acompanhados, e uma vez tratando corretamente a causa, eles podem diminuir ou desaparecer.

Transudatos geralmente são conduzidos através do tratamento clínico da doença que gerou o acúmulo de liquido. Na falha destes tratamentos, podemos realizar toracocentese, drenagem pleural e pleurodese. A pleurodese é uma técnica cirúrgica cujo objetivo é “colar” as pleuras visceral e parietal, impedindo que o liquido possa se acumular no espaço pleural. Ela é utilizada quando o derrame pleural recidiva e tem grandes proporções, ou quando após a drenagem, o volume diário de liquido que sai pelo dreno é alto e sem perspectiva de diminuição.

Em relação aos exsudatos, existem tratamentos dependendo de cada situação. Geralmente requerem toracocentese terapêutica e drenagem pleural como primeiro tratamento. Mas se estas opções de tratamento não forem indicadas precocemente ou se houver piora do quadro, tratamentos mais invasivos serão necessários.

Infecções pleurais decorrentes de pneumonia complicada (derrame parapneumônico) ou decorrentes de contaminação por órgãos adjacentes (derrame pós-cirúrgico ou pancreatite, por exemplo), podem ter o risco de formação de loculações (bolsas de líquido), transformação em empiema pleural (pus na pleura) e consequente sepse (infecção generalizada). A toracocentese terapêutica e a drenagem pleural são utilizadas nas fases iniciais do derrame pleural. Conforme a infecção pleural piora, o liquido pleural pode se tornar loculado e mais espesso, tornando-se necessária a videotoracoscopia (ou videopleuroscopia) para a limpeza mecânica da cavidade pleural. Pode ser necessária também a decorticação pulmonar quando o liquido espesso se torna mais endurecido e encapsula o pulmão. A decorticação pulmonar é um procedimento cirúrgico que retira o liquido espesso, as loculações, e a cápsula da superfície do pulmão permitindo que o pulmão expanda e re-ocupe o seu formato e tamanho originais).

Em relação às neoplasias pleurais, são mais comuns as metástases pleurais de tumores de outros órgãos (como pulmão e mama, por exemplo), mas existem tumores originários da pleura como o mesotelioma. O tratamento de derrames pleurais neoplásicos metastáticos costuma envolver: toracocentese terapêutica, drenagem pleural e pleurodese nos casos de derrames recidivantes (que voltam após a toracentese).

Em tumores originários da pleura, existem diversos tratamentos conforme a apresentação dos tumores: toracocentese terapêutica, drenagem pleural, pleurodese, pleurectomia (ressecção cirúrgica das pleuras), pleuro-pneumonectomia (ressecção cirúrgica das pleuras e órgãos adjacentes como pulmão e diafragma).

Em relação ao quilotórax, que é o acúmulo de linfa na cavidade pleural, é necessário investigar a causa (rompimento de ducto torácico linfático, obstrução de vasos linfáticos por metástases, malformações congênitas – de nascença). O quilo é a linfa que se origina no intestino pela absorção digestiva das gorduras ingeridas e é rica em triglicerídeos e linfócitos, mas também de proteínas e colesterol. O tratamento consiste em diminuir a ingestão de gorduras, drenagem pleural, interromper o ducto torácico cirurgicamente (ligadura) ou fazer a pleurodese conforme o estágio e/ou persistência do quilotórax.

Em relação ao hemotórax, que é o acumulo de sangue na cavidade pleural, normalmente o tratamento envolve a drenagem pleural. Pode haver necessidade de correção através da identificação do vaso sanguíneo responsável pelo sangramento caso persista o sangramento. Essa correção pode ser feita por videotoracoscopia ou por toracotomia (cirurgia aberta com afastamento das costelas para acessar a cavidade torácica).

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

A doença se caracteriza por uma elevação dos níveis de glicose no sangue, causada pela falta de produção do hormônio insulina no pâncreas ou pela perda da eficiência da ação de insulina em pessoas com excesso de gordura no corpo. A insulina transporta a glicose para dentro das células e permite a sua transformação em energia para o funcionamento equilibrado do organismo.

Quando não controlado, o aumento de glicose no sangue pode levar a danos nos vasos sanguíneos e nervos, acarretando em complicações como disfunção e falência de órgãos como rins, olhos e coração.

Tipos e Causas

  • Diabetes tipo 1 – O sistema imunológico atinge o pâncreas, destruindo as células responsáveis pela produção do hormônio insulina.
  • Diabetes tipo 2 – Responsável por 90% dos casos de diabetes, esse tipo está associado ao ganho de peso. Frequente em pessoas com mais de 40 anos, acontece porque o acúmulo de gordura abdominal dificulta a ação da insulina.
  • Diabetes Gestacional – Ocorre no período da gravidez por conta dos hormônios produzidos pela placenta. Após o parto a maioria dos casos se reverte.

Fatores de Risco

Familiares com diabetes, alteração dos níveis de glicose, acúmulo de gordura abdominal, obesidade e sobrepeso, pressão arterial elevada, sedentarismo e alimentação com baixa ingestão de frutas, verduras e legumes.

Sintomas

A maioria dos pacientes não apresenta sintomas no início do diabetes, por isto pessoas com fatores de risco devem realizar exames de sangue periódicos para avaliar se apresentam a doença. A estimativa é que 50% das pessoas não sabem que têm a doença. Por isso, o acompanhamento regular com um médico é essencial para o diagnóstico precoce.

Quando os níveis de glicose estão extremamente elevados, pode ocorrer vontade frequente de urinar, sede e fome em excesso, fadiga, alterações na visão, mudanças de humor, náuseas e vômitos, fraqueza, perda de peso, dores nas pernas, infecções repetidas na pele, machucados que demoram a cicatrizar, formigamento ou sensação de dormência, principalmente nos pés.

Diagnóstico

É feito por um teste simples para detectar os níveis de glicose no sangue. O nível normal de glicose no sangue é abaixo de 100 mg/dl. Se os níveis de glicose se encontram entre 100 e 127 mg/dl, existe alto risco de desenvolver diabetes, por isto esta situação pode ser denominada pré-diabetes. Se a glicemia estiver acima de 127 mg/dl em 2 exames diferentes ou acima de 200 mg/dl após consumo de carboidratos, é diagnosticado o diabetes.

Prevenção

O primeiro passo é observar a presença dos fatores de risco que podem ser modificados, como o excesso de peso, o aumento da gordura abdominal, o sedentarismo e a dieta desequilibrada.

A redução de 5% do peso corporal associada a pratica de 150 minutos de atividade física por semana reduzem a ocorrência de diabetes em 58% nas pessoas com alto risco. O principal aliado é um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e acompanhamento médico periódico.

Tratamento

Pacientes com o tipo 1 de diabetes, também chamado de insulinodependente, precisam fazer reposição diária de insulina.

Para os portadores do tipo 2 o tratamento é feito por meio de comprimidos tomados via oral que atuam na melhora da resposta das células à insulina, no estímulo da secreção (produção e liberação) de insulina pelo pâncreas, na redução da absorção de glicose pelo intestino ou no aumento da eliminação de glicose pela urina. Atualmente, existem medicamentos injetáveis que imitam o efeito de hormônios intestinais melhorando a fabricação de insulina e auxiliando a redução de peso. Após 10 anos de diagnóstico, é comum a necessidade de uso de insulina nos portadores de diabetes tipo 2.

Nos casos de diabetes na gestação, geralmente uma dieta equilibrada e exercícios físicos são suficientes para o controle dos níveis de glicose. Nos casos em que o controle não é possível com dieta e atividade física, podem ser indicadas injeções de insulina.

Independente do tipo de diabetes, o fundamental é a adoção ao tratamento aliada a hábitos saudáveis, como controle da alimentação, prática regular de atividades físicas e controle constante da glicemia.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

A difteria é uma doença transmissível e causada por bactéria que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. Dependendo do tamanho e de onde as placas aparecerem, a pessoa pode sentir dificuldade de respirar. A principal forma de prevenção é por meio da vacina pentavalente.

A presença de placas na cor branco-acinzentada nas amígdalas e partes próximas é o principal sintoma da difteria. Em casos mais graves, porém raros, podem aparecer inchaços no pescoço e gânglios linfáticos.

A difteria ocorre durante todos os períodos do ano e pode afetar todas as pessoas que não são vacinadas, de qualquer idade, raça ou sexo. Acontece com mais frequência nos meses frios e secos (outono e inverno), quando é mais comum a ocorrência de infecções respiratórias, principalmente devido à aglomeração em ambientes fechados, que facilitam a transmissão da bactéria.

A doença ocorre com maior frequência em áreas com precárias condições socioeconômicas, onde a aglomeração de pessoas é maior e onde se registram baixas coberturas vacinais. Os casos são raros quando as coberturas vacinais atingem patamares de 80%.

Causas

A difteria é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que se hospeda na própria pessoa doente ou no portador, ou seja, aquele que tem a bactéria no organismo e não apresenta sintomas. A via respiratória e a pele são os locais preferidos da bactéria.

Transmissão

A transmissão da difteria ocorre basicamente por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele, ou seja, a bactéria da difteria é transmitida pelo contato direto da pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.

Em casos raros, pode ocorrer a contaminação por objetos capazes de absorver e transportar micro-organismos, como a bactéria causadora da difteria.

O período de incubação da difteria, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde a infecção da pessoa, é, em geral, de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo. Já o período de transmissibilidade da doença dura, em média, até 2 semanas após o início dos sintomas.

Diagnostico

O diagnóstico da difteria é clínico, após análise detalhada dos sintomas e características típicas da doença por um profissional de saúde. Para confirmação do diagnóstico, o médico deverá solicitar coleta de secreção de nasofrainge para cultura. Em casos de suspeita de difteria cutânea (na pele), devem ser coletadas amostras das lesões da pele.

Diagnótico diferencial

O diagnóstico diferencial da difteria deverá ser feito com as doenças descritas a seguir, que podem apresentar sintomas parecidos.

  • Difteria cutânea – impetigo, ectima, eczema, úlceras;
  • Difteria nasal – rinite estreptocócica, rinite sifilítica, corpo estranho nasal;
  • Difteria amigdaliana ou faríngea – amigdalite estreptocócica, angina monocítica, angina de Plaut Vicent, agranulocitose;
  • Difteria laríngea – crupe viral, laringite estridulosa, epiglotite aguda, inalação de corpo estranho.

Diagnóstico Laboratorial

Realizado mediante a identificação e isolamento do C. diphtheriae por meio de cultura de material, coletado com técnica adequada, das lesões existentes (ulcerações, criptas das amígdalas), exsudatos de orofaringe e de nasofaringe, que são as localizações mais comuns, ou de outras lesões cutâneas, conjuntivas, genitália externa, etc., mesmo sem as provas de toxigenicidade.

Sintomas

Os principais sintomas da difteria, que surgem geralmente após seis dias da infecção, são:

  • Membrana grossa e acinzentada, cobrindo as amígdalas e podendo cobrir outras estruturas da gargante.
  • Dor de garganta discreta.
  • Glânglios inchados (linfonodos aumentados) no pescoço.
  • Dificuldade em respirar ou respiração rápida em casos graves.
  • Palidez.
  • Febre não muito elevada.
  • Mal-estar geral.

Atenção

Algumas pessoas podem ser infectadas pela difteria e apresentar sintomas leves ou até mesmo não ter nenhum tipo de sinal da doença.

Fatores de Risco

A difteria ocorre durante todos os períodos do ano e pode afetar todas as pessoas não protegidas pela vacinação de qualquer idade, raça ou sexo. Algumas situações aumentam os fatores de risco tais como:

  • Crianças e adultos que não receberam a vacina.
  • Pessoas que vivem em condições de superlotação ou insalubres.
  • Pessoas que viajam para uma região onde a difteria é endêmica.

Tratamento

O tratamento da difteria é feito com o soro antidiftérico (SAD), que deve ser ministrado em unidade hospitalar. A finalidade do tratamento é inativar a toxina da bactéria o mais rapidamente possível. O uso do antibiótico é considerado como medida auxiliar do tratamento, ajudando a interromper o avanço da doença.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

A dislexia é um distúrbio encontrado em torno de 10% da população mundial. A explicação para o problema é mais complexa do que se imagina. Não se trata simplesmente da dificuldade de soletrar palavras ou assimilar o conteúdo de um texto. Como em qualquer ação, os atos de ler e escrever percorrem vários caminhos no cérebro. Estímulos, como o visual e o auditivo, seguem vias preestabelecidas.

Entretanto, no disléxico não é isso o que ocorre. O percurso no cérebro sofre desvios e acaba por resultar nas dificuldades. Até pouco tempo atrás, essa falta de facilidade em aprender tarefas simples para a maioria das pessoas era vista como incapacidade e os disléxicos, por sua vez, eram segregados pelos colegas e professores desavisados.

Diagnóstico/Sintomas

Mesmo que cada um consiga dispor de artifícios para desempenhar as tarefas com sucesso, é aconselhável que a dislexia seja diagnosticada o mais cedo possível. Para isso, o paciente é submetido à avaliação em que diversos especialistas analisam seu histórico e sintomas por meio de testes. O resultado é por exclusão. Isto é, se todos os prováveis distúrbios forem descartados, só pode ser dislexia. Ainda é preciso fazer o levantamento de problemas associados, como depressão, ansiedade, déficit de atenção, entre outros, para saber se é necessário o uso de medicamentos.

É claro que não se exige que uma criança com 3 anos saiba efetuar contas ou escrever textos. Pais e professores devem estar atentos ao período pós-alfabetização, entre 8 e 10 anos. O fato de a criança nessa idade ainda manter uma leitura lenta e difícil, como se estivesse aprendendo as letras (algo que ocorre entre 5 e 7 anos), é um sinal de alerta.

Falhas em estabelecer a relação do som com o símbolo, como na troca das letras “D” e “T”, e na discriminação visual, ou seja, inversões de letras como “sapato” e “satapo”, são dificuldades enfrentadas durante o aprendizado da criança com dislexia.

Há também alguns embaraços nos cálculos matemáticos, como inversão de números, confusão com os símbolos, por exemplo, x e +. E, se a criança for bastante hábil em contas, ainda pode encontrar pedras no caminho, pois não consegue interpretar os enunciados dos problemas.

Os adolescentes também enfrentam obstáculos, principalmente às vésperas do tão temido vestibular. Não conseguem memorizar as matérias e continuam com as dificuldades de interpretação e cálculos. Na vida adulta cada um já está munido de alguma estratégia para não ficar para trás.

Tratamento

Embora não tenha cura, a pessoa aprendeu a conviver com o distúrbio e criou atalhos para desenvolver e finalizar as atividades. “O disléxico é capaz de estudar quando lê em voz alta ou escreve junto, por exemplo. Há atores que memorizam suas falas depois que gravam o texto e passam a ouvi-lo até decorar”, explica o dr. Topczewski.

Conviver com essas dificuldades mal interpretadas por familiares e amigos derruba a auto-estima, deprime, entristece, faz o portador do distúrbio se sentir diferente. Mesmo que não exista uma forma de acabar com a doença, há o tratamento multidisciplinar para amenizar os problemas encontrados no dia-a-dia. Esse acompanhamento médico, realizado por neuropediatras ou neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e pedagogos, é essencial. Há melhora na atenção, na concentração, no comportamento.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

A doença celíaca tem mecanismos semelhantes ao de uma alergia ao entrar em contato com o glúten, o sistema imunológico entende que se trata de um corpo estranho e se volta contra ele, levando aos sintomas gastrointestinais mais comuns como diarreia intensa e repetitiva, além do desconforto abdominal.

Sintomas

O celíaco pode apresentar, ainda, perda de peso, anemia, distensão abdominal, cansaço e indisposição. No caso das crianças, pode haver comprometimento do desenvolvimento, baixa estatura, vômitos, enfraquecimento muscular e dores abdominais recorrentes.

Alterações nas enzimas do fígado, da pele, e a perda da capacidade de absorção dos nutrientes são outras consequências que podem ser geradas pela doença celíaca. O intestino perde as partes sinuosas reduzindo a capacidade absortiva. Com isso, é possível desenvolver quadros de anemia, desnutrição, osteoporose e alguns tipos de tumores, principalmente os linfomas do aparelho digestivo. Em gestantes, a condição leva a um risco maior de aborto.

Diagnóstico

É feito geralmente na infância, quando a patologia tem um pico de incidência. O reconhecimento é realizado por meio da avaliação do quadro clínico e posteriores exames laboratoriais. O exame que conclui o resultado é a biópsia da segunda porção do duodeno ou do intestino delgado, que demonstra a perda ou não dos sulcos da região.

Prevenção

Diante dos problemas desencadeados pelo consumo de glúten, uma alimentação livre dessa proteína é o tratamento mais eficaz para controlar a doença. Em vez de trigo, aveia, centeio, cevada e malte, bem como seus derivados, entre eles a farinha e os cereais matinais, é possível utilizar maisena, farinhas de milho, de batata, de arroz, de soja e de mandioca como ingredientes. Biscoitos, pães e confeitos podem ser feitos de arroz ou de polvilho. Canjica, flocos de milhos e de arroz também são ótimas alternativas.

Atualmente, também é possível encontrar massas, pães e outros alimentos sem a fração do glúten. Desde 2003, a Lei nº 10.674 obriga que todos os alimentos prontos tenham estampada no rótulo a presença ou não dessa proteína.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.

Sintomas

A Doença de Chagas pode apresentar sintomas distintos nas duas fases que se apresenta, aguda e crônica. A fase aguda, que é a mais leve, a pessoa pode apresentar sinais moderados ou até mesmo não sentir nada:

  • Febre prolongada (mais de sete dias);
  • Dor de cabeça;
  • Fraqueza intensa;
  • Inchaço no rosto e pernas.

Na fase crônica, a maioria dos casos não apresenta sintomas, porém algumas pessoas podem apresentar:

  • Problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;
  • Problemas digestivos, como megacolon e megaesôfago.

Transmissão

As principais formas de transmissão da doença de chagas são:

  • Vetorial: contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto (os triatomíneos são insetos popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo).
  • Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados.
  • Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto.
  • Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios.
  • Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.

O período de incubação da Doença de Chagas, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer a partir da infecção, é dividido da seguinte forma:

  • Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias.
  • Transmissão transfusional/transplante – de 30 a 40 dias ou mais.
  • Transmissão oral – de 3 a 22 dias.
  • Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias.

Diagnóstico

Na fase aguda da doença de Chagas, o diagnóstico se baseia na presença de febre prolongada (mais de 7 dias) e outros sinais e sintomas sugestivos da doença, como fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas, e na presença de fatores epidemiológicos compatíveis, como a ocorrência de surtos (identificação entre familiares/contatos).

Já na fase crônica, a suspeita diagnóstica é baseada nos achados clínicos e na história epidemiológica, porém ressalta-se que parte dos casos não apresenta sintomas, devendo ser considerados os seguintes contextos de risco e vulnerabilidade:

  • Ter residido, ou residir, em área com relato de presença de vetor transmissor (barbeiro) da doença de Chagas ou ainda com reservatórios animais (silvestres ou domésticos) com registro de infecção por T. cruzi;
  • Ter residido ou residir em habitação onde possa ter ocorrido o convívio com vetor transmissor (principalmente casas de estuque, taipa, sapê, pau-a-pique, madeira, entre outros modos de construção que permitam a colonização por triatomíneos);
  • Residir ou ser procedente de área com registro de transmissão ativa de T. cruzi ou com histórico epidemiológico sugestivo da ocorrência da transmissão da doença no passado;
  • Ter realizado transfusão de sangue ou hemocomponentes antes de 1992;
  • Ter familiares ou pessoas do convívio habitual ou rede social que tenham diagnóstico de doença de Chagas, em especial ser filho (a) de mãe com infecção comprovada por T. cruzi.

Atenção:

Para confirmação laboratorial é necessária a realização de exame de sangue (parasitológico e/ou sorológico, a depender da fase da doença) que é realizado gratuitamente pelo SUS. É importante que você procure um médico para que ele possa solicitar os exames e interpretá-los adequadamente, além de avaliar caso a caso os sintomas e sinais clínicos de cada pessoa.

Com o intuito de auxiliar os profissionais de saúde na interpretação de exames laboratoriais geralmente disponibilizados na rede do SUS na confirmação de casos de doença de Chagas na fase aguda, foi criada uma ferramenta para servir de guia especialmente para fins epidemiológicos nas situações mais recorrentes e para apoio assistencial enquanto o apoio de equipe especializada não for conseguido.

Prevenção

A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de transmissão. Uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas residuais por equipe técnica habilitada.

Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de mata.

Cuidados ao encontrar triatomíneos no domicílio:

  • Não esmagar, apertar, bater ou danificar o inseto;
  • Proteger a mão com luva ou saco plástico;
  • Os insetos deverão ser acondicionados em recipientes plásticos, com tampa de rosca para evitar a fuga, preferencialmente vivos;
  • Amostras coletadas em diferentes ambientes (quarto, sala, cozinha, anexo ou silvestre) deverão ser acondicionadas, separadamente, em frascos rotulados, com as seguintes informações: data e nome do responsável pela coleta, local de captura e endereço.

Em relação à transmissão oral, as principais medidas de prevenção são:

  • Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação, com especial atenção ao local de manipulação de alimentos.
  • Instalar a fonte de iluminação distante dos equipamentos de processamento do alimento para evitar a contaminação acidental por vetores atraídos pela luz.
  • Realizar ações de capacitação para manipuladores de alimentos e de profissionais de informação, educação e comunicação.
  • Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral por T. cruzi, mas sim o cozimento acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização.

As instituições de pesquisa vêm investindo em aplicativos gratuitos para a identificação de triatomíneos. A Fiocruz - Minas Gerais desenvolveu um aplicativo gratuito para identificação de triatomíneos, Triatokey, no qual o usuário responde perguntas sobre características visíveis do inseto a ser identificado. Acontece um processo de eliminação, por meio das perguntas, que estreita as possibilidades chegando-se ao gênero do animal e a um pequeno número de espécies dentro daquele gênero, sendo de grande utilidade nas atividades de vigilância.

Tratamento

O tratamento da doença de chagas deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O remédio, chamado benznidazol, é fornecido pelo Ministério da Saúde, gratuitamente, mediante solicitação das Secretarias Estaduais de Saúde e deve ser utilizado em pessoas que tenham a doença aguda assim que ela for identificada.

Para as pessoas na fase crônica, a indicação desse medicamento depende da forma clínica e deve ser avaliada caso a caso. Em casos de intolerância ou que não respondam ao tratamento com benznidazol, o Ministério da Saúde disponibiliza o nifurtimox como alternativa de tratamento, conforme indicações estabelecidas em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.

Independente da indicação do tratamento com benznidazol ou nifurtimox, as pessoas na forma cardíaca e/ou digestiva devem ser acompanhadas e receberem o tratamento adequado para as complicações existentes.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma DST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as DST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a pessoa, inclusive, à morte.

Quais são as principais Infecções Sexualmente Transmissíveis?

Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas os exemplos mais conhecidos são:

  • Herpes genital;
  • Cancro mole (cancroide)
  • HPV
  • Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
  • Donovanose
  • Gonorreia e infecção por Clamídia
  • Linfogranuloma venéreo (LGV)
  • Sífilis
  • Infecção pelo HTLV
  • Tricomoníase

Características

Cada IST apresenta sinais, sintomas e características distintos. São três as principais manifestações clínicas das IST: corrimentos, feridas e verrugas anogenitais. As principais características, de acordo com os tipos de infecções sexualmente transmissíveis, são:

  • Corrimentos.
  • Aparecem no pênis, vagina ou ânus.
  • Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.
  • Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira.
  • Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.
  • Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos.
  • Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.
  • Feridas – Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor. Os tipos de feridas são muito variados e podem se apresentar como vesículas, úlceras, manchas, entre outros. Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide (cancro mole), donovanose e linfogranuloma venéreo.
  • Verrugas anogenitais – São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção está em estágio avançado. Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira. Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais, existem as infecções pelo HIV, HTLV e pelas hepatites virais B e C, causadas por vírus, com sinais e sintomas específicos.
  • Doença Inflamatória Pélvica (DIP) – É outra forma de manifestação clínica das IST. Decorre de gonorreia e clamídia não tratadas. Atinge os órgãos genitais internos da mulher (útero, trompas e ovários), causando inflamações.

Sintomas

As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.

As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua). O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual.

Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina.

Diagnóstico

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) caracterizam-se por infecções causadas por mais de 30 agentes etiológicos diferentes (bactérias, vírus, fungos e protozoários), sendo transmitidas de maneira prioritária por contato sexual. Eventualmente, também podem ser transmitidas por contato sanguíneo, e da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.

As IST ocorrem com alta frequência na população e têm múltiplas apresentações clínicas. No que diz respeito ao diagnóstico das IST, a anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame físico constituem-se como elementos essenciais. Durante o exame físico, deve-se proceder, quando indicado, à coleta de material biológico para a realização de testes laboratoriais ou rápidos.

A abordagem sindrômica, que se baseia nos aspectos clínicos para classificar os principais agentes etiológicos e definir o tratamento sem o apoio de testes laboratoriais ou rápidos, não possui cobertura completa nos diferentes aspectos das IST. Dessa forma, sempre que possível, os testes laboratoriais ou rápidos devem ser utilizados para auxiliar na definição do diagnóstico. Além disso, sempre que disponíveis no serviço devem ser realizados exames para triagem de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C.

É importante ressaltar que, mesmo que não haja sinais e sintomas, as IST podem estar presentes e ser, inclusive, transmissíveis. Ultimamente, o manejo das infecções assintomáticas está se beneficiando de novas tecnologias diagnósticas — algumas já em uso, como os testes rápidos para sífilis e para o HIV, além de outras menos acessíveis até o momento, mas que contam com a possibilidade de implantação, como os testes para gonorreia e clamídia.

Atualmente, o Ministério da Saúde vem incentivando a realização do teste rápido como importante estratégia de saúde pública na ampliação do diagnóstico. De maneira particular, os testes rápidos são testes nos quais a execução, leitura e interpretação do resultado ocorrem em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Podem ser realizados com amostras de sangue total obtidas por punção digital ou punção venosa, e também com amostras de soro, plasma e fluido oral.

Prevenção

O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a gravidez.

Importante ressaltar que existem vários métodos para evitar a gravidez; no entanto, o único método com eficácia para prevenção de IST é a camisinha (masculina ou feminina). Orienta-se, sempre que possível, realizar dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha.

A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as PVHIV, redução de danos, entre outros.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.