A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta incubação (em geral inferior a 10 dias), gravidade variável, causada pelo Flavivirus (vírus da febre amarela), que ocorre na Américas (Central e do Sul) e na África. É dividida em:
Em áreas silvestres, a febre amarela ocorre em macacos. Os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses animais. Os mosquitos vivem também nas vegetações à beira dos rios e picam o homem que entra na mata.
Não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Isso só pode ocorrer se uma pessoa infectada for picada por um mosquito e esse picar alguém não infectado previamente e ainda não vacinado. Se esse indivíduo retornar à cidade, pode servir como fonte de infecção para o Aedes aeqypti (mosquito que também transmite a dengue), iniciando assim a transmissão da febre amarela urbana. O Aedes aeqypti é um mosquito de hábito diurno e prolifera-se na cidade, em ambientes que acumulam água limpa (vasos de plantas, garrafas, pneus etc.). Atualmente está presente em aproximadamente 4 mil municípios brasileiros.
A maior incidência da doença acontece entre os meses de janeiro e abril, período das chuvas. Nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor. Sendo período de férias – de final de ano e escolares – e de maior atividade agrícola pode haver a elevação do número de pessoas infectadas.
Muitas pessoas com o vírus da febre amarela não apresentam manifestações da doença ou, se apresentam, são muito discretas. Os sintomas, em geral, surgem até 6 dias após a picada pelo mosquito infectado. A pessoa pode apresentar febre alta (maior que 37,8ºC) e de início súbito, mal estar, dor de cabeça, dor muscular e calafrios. Podem surgir também náuseas, vômitos e diarreia.
Grande parte dos pacientes melhora após 2 a 4 dias e torna-se imune a novos episódios da doença. Muitos pacientes, inclusive, podem acreditar que os sintomas são de um estado gripal e nem souberam que tiveram a doença.
A forma grave da febre amarela surge um ou dois dias depois de um período de aparente melhora. É resultado da relação entre estado do sistema imunológico do paciente e ação do vírus; por isso alguns pacientes evoluem para melhora e auto imunização enquanto outros desenvolvem a forma grave. Nela, entre 20% e 50% dos pacientes podem evoluir para o óbito.
Nessa fase, reaparecem a febre, a dor abdominal, o vômito e a diarreia. Ocorrem sangramentos nas gengivas e pelo nariz e as fezes e o vômito podem ser escuros como borra de café. Pode haver comprometimento do fígado e o volume de urina diminui até a ausência total, por mau funcionamento dos rins.
Os sintomas iniciais da febre amarela são os mesmos da dengue e da leptospirose. Por isso é importante buscar atendimento médico o mais rápido possível aos primeiros sinais, para que seja feito o diagnóstico diferencial, por meio da coleta de sangue e exame sorológico – principalmente o isolamento do vírus em cultura. Assim, serão tomadas as medidas adequadas para o tratamento.
O diagnóstico é feito pela PCR (reação da polimerase) para febre amarela. A cultura do vírus é feita cada vez menos por conta da dificuldade e até mesmo pelos riscos envolvidos. Esta é uma doença de notificação compulsória, mesmo na suspeita.
A única forma de prevenção é a vacinação. A vacina contra a febre amarela é segura e tem validade de 10 anos. Ela integra o calendário de vacinação brasileiro e está disponível nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. Ele é apenas sintomático e o paciente necessita de repouso para hidratação e controle da febre. Muitos pacientes acabam melhorando dos sintomas sem a necessidade de hospitalização. A internação hospitalar será indicada caso não haja melhora dos sintomas ou surjam sangramentos.
É contraindicado o uso de medicamentos com ácido acetilsalicílico (AAS®, Aspirina® etc.), por aumentarem o risco de sangramentos. Nas formas graves, em que há risco para a vida - o paciente deve ser atendido numa unidade de terapia intensiva.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
O vírus Mayaro é um Togavirus do gênero Alphavirus, um parente próximo a chikungunya. Ele provoca uma doença muito parecida com a dengue e chikungunya, a febre do Mayaro.
Febre alta, dores articulares, dor de cabeça, exantema, linfonodos generalizados e vômitos. A doença lembra mais a chikungunya que o dengue, pelas dores articulares intensas.
Na Amazônia os vetores são mosquitos do gênero Haemagogus - também responsáveis pela febre amarela silvestre. O Ministério da Saúde descartou a transmissão pelo mosquito Aedes aegypti.
No momento é só com métodos moleculares: não há disponibilidade de método sorológico.
Puramente sintomático.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
A febre do oeste do Nilo – West Nile – é causada por um vírus da família dos Flavivírus. É similar ao vírus da encefalite japonesa. A doença é disseminada por pássaros, e provocou uma epizootia (doença que dissemina em uma comunidade animal) entre eles quando chegou nos Estados Unidos: logo depois apareceram casos em cavalos e em humanos.
A doença em geral se manifesta como febre, dores musculares e fica nisto, mas alguns pacientes tem meningoencefalite, uma inflamação que atinge o encéfalo e as meninges. Em pacientes imunodeprimidos incluindo idosos que já tem a imunosenescência, a doença pode ser grave, levar ao coma e até a morte.
A transmissão se dá pelo vetor, os mosquitos do gênero Culex, comuns no Brasil. Após a picada do mosquito o período de incubação é de duas semanas em média.
O diagnostico é feito por métodos moleculares, dosando o RNA viral. Métodos sorológicos existem, mas dão reações cruzadas com outras flaviviroses, como Dengue e Zika.
O tratamento é sintomático, não há uma medicação ativa contra este vírus. A imensa maioria dos pacientes acaba se curando espontaneamente, mas existem casos graves que acabam gerando sequelas.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
A Febre Macula Brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda causada por diferentes espécies do gênero Rickettsia sp., sendo a Rickettsia rickettsii a mais envolvida nestes casos. Trata-se de uma bactéria espiroqueta gram negativa.
Existem diferentes tipos de Rickettsia sp. que podem causar quadros de maior ou menor gravidade. A Rickettsia rickettsii, por exemplo, pode causar doença com elevada mortalidade (20-40% dos casos). Além disso, existem algumas espécies que apesar de atualmente conhecidas, não tem ainda estabelecido seu potencial de causar doença em humanos.
Dentre as doenças humanas causadas por estas bactérias estão: FMB, Febre africana por picada de carrapato, Febre de Queensland, Febre botonosa e Febre maculosa japonesa.
A transmissão da doença é feita por vetores artrópodes. A FMB está relacionada aos vetores: carrapato estrela (Amblyomma sculptum) com presença em capivaras, cavalos e antas nas regiões quentes, e também ao carrapato amarelo do cão (Amblyomma aureolatum), onde o cão doméstico e a ocupação humana em áreas de Mata Atlântica degradada tem papel fundamental na transmissão.
Os casos podem ter poucos sintomas e até mesmo manifestações graves que podem levar a morte. Geralmente é uma doença de início abrupto, febril e com sintomas iniciais inespecíficos. Os mais comuns são: febre elevada, cefaleia, mialgia, mal-estar, náuseas e vômitos, podendo haver história de picada de carrapato e/ou contato com áreas com transmissão conhecida da doença.
Uma erupção cutânea do tipo exantema máculo-papular pode ocorrer, principalmente em região palmar e plantar. Manifestações pulmonares, renais, gastrintestinais e hemorrágicas podem ocorrer, já que a bactéria pode ocasionar uma vasculite sistêmica muito importante.
O advento de novas tecnologias, como técnicas moleculares, melhorou o diagnóstico das riquetsioses e a identificação de novas espécies. No entanto, a sorologia ainda é muito utilizada na prática clínica. Os antecedentes epidemiológicos relacionados à exposição aos carrapatos e o contato com áreas de transmissão da doença também são importantes, já que os exames definitivos não tem resultado imediato.
A principal forma de prevenção é evitar o contato com os carrapatos e com áreas onde exista transmissão estabelecida (casos) da doença.
O tratamento é realizado com antibióticos. Sendo a doxiciclina a droga de primeira escolha. O rápido diagnóstico e a instituição de terapia adequada são fundamentais para um bom prognóstico da doença.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
A Febre Tifoide é uma doença bacteriana aguda, causada pela Salmonella enterica sorotipo Typhi, de distribuição mundial. A doença está diretamente associada a baixos níveis socioeconômicos, principalmente em regiões com precárias condições de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental. Se não tratada adequadamente, a Febre Tifoide pode matar.
Nesse contexto, a Febre Tifoide está praticamente eliminada de países onde esses problemas foram superados. No Brasil, a doença ocorre sob a forma endêmica em regiões isoladas, com algumas epidemias onde as condições de vida são mais precárias, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
A infecção recorrente por Salmonella é uma das condições clínicas marcadoras da AIDS/HIV. Em regiões onde a bactéria causadora da Febre Tifoide é endêmica, a incidência da doença pode ser de 25 a 60 vezes maior entre indivíduos HIV positivos que em soronegativos. Os indivíduos HIV positivos assintomáticos podem apresentar doença semelhante ao imunocompetente e boa resposta ao tratamento usual. Doentes com aids (doença definida) podem apresentar Febre Tifoide particularmente grave e com tendência a recaídas.
Os principais sintomas da Febre Tifoide são:
A hemorragia intestinal, principal complicação da Febre Tifoide, pode levar, inclusive à perfuração intestinal, o que requer maior cuidado médico. Qualquer órgão pode ser afetado pela Febre Tifoide, quando a doença evolui com bacteremia e outras complicações menos frequentes são:
Nas crianças, a doença costuma ser menos grave do que nos adultos, sendo acompanhada frequentemente de diarreia. Embora seja uma doença aguda, a febre tifoide evolui gradualmente e a pessoa afetada, muitas vezes, é medicada com antimicrobianos, simplesmente por estar apresentando uma febre de etiologia não conhecida. Dessa forma, o quadro clínico fica mascarado e a doença deixa de ser diagnosticada precocemente.
Assim que surgir qualquer sintoma, procure um médico imediatamente para iniciar o tratamento.
A transmissão da Febre Tifoide pode ocorrer de duas maneiras principais:
A contaminação de alimentos geralmente acontece pela manipulação por portadores ou pacientes oligossintomáticos (com manifestações clínicas discretas), que não são afastados das atividades de preparo dos alimentos. Legumes irrigados com água contaminada, frutos do mar (crustáceos e moluscos) retirados de água poluída e consumidos mal cozidos ou crus, leite e derivados não pasteurizados, produtos congelados e enlatados também podem veicular salmonelas.
O indivíduo infectado elimina a bactéria nas fezes e na urina, independentemente de apresentar os sintomas da doença. O tempo de eliminação da bactéria varia de uma a três semanas, podendo chegar a três meses. Entre 2 a 5% dos pacientes transformam-se em portadores crônicos da Febre Tifoide e podem transmitir a doença por até um ano.
O diagnóstico da Febre Tifoide é feito com base na avaliação clínica do paciente, histórico de onde esteve e o que consumiu, nos hábitos de higiene e se vive em regiões com pouco saneamento básico ou não. Com base nos sintomas tradicionais, que podem se confundir com os de outras doenças, como infecções por Salmonella entérica sorotipo Paratyphi ou doenças que apresentam febre prolongada (pneumonias, tuberculose, meningite, doença de chagas, malária, toxoplasmose, esquistossomose, entre outras), o médico pode solicitar exames específicos para diagnosticar a doença, como, por exemplo:
Assim que tiver o diagnóstico da Febre Tifoide, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível, de acordo com as prescrições e orientações médicas, que seguirão conforme cada caso. No entanto, normalmente o paciente é tratado em nível ambulatorial, basicamente com uso de antibióticos específicos e reidratação. Em raras exceções, o caso pode ser mais grave e ser necessária uma internação.
O tratamento dura, via de regra, em torno de 14 dias, mas o período pode ser maior ou menor, conforme a gravidade da doença. Além disso, é possível que com o uso dos antibióticos, que são bastante fortes, a pessoa apresente sintomas de intolerância gastrointestinal.
O repouso e a hidratação constante são fundamentais e essenciais para a boa recuperação da Febre Tifoide. É importante que as pessoas em tratamento lavem bem as mãos com água e sabão depois de usar o banheiro e evitem preparar ou servir alimentos para outras pessoas, a fim de diminuir a chance de transmitir a infecção para outras pessoas. Pacientes com litíase biliar ou anomalias biliares, que não respondem ao tratamento com antibióticos, devem ser colecistectomizados.
O saneamento básico, o preparo adequado dos alimentos e a higiene pessoal são as principais medidas de prevenção da Febre Tifoide. A vacina atualmente disponível não possui um alto poder imunogênico e a imunidade é de curta duração, sendo indicada apenas em situações específicas, como para recrutas em missão em países endêmicos ou pessoas sujeitas a exposições excepcionais, como trabalhadores que entram em contato com esgotos, ou pessoas que vivem em áreas de alta endemicidade.
O Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial da Saúde não recomenda a vacinação contra a febre tifoide para viajantes internacionais que se deslocam para países onde estejam ocorrendo casos da doença.
Em se tratando de alimentos, observar os seguintes aspectos:
Em locais onde a água for considerada imprópria, deve-se filtrar e ferver (por 5 minutos) a água (e aguardar 30 minutos antes de consumir), ou filtrar e desinfetar a água com o uso do hipoclorito de sódio a 2,5% (2 gotas para cada 1 litro de água).
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
A fibromialgia é uma das mais comuns condições de dor crônica, afetando diferentes etnias, condições culturais e financeiras na mesma proporção. Segundo o Colégio Americano de Reumatologia a fibromialgia é considerada uma doença crônica não transmissível de causa ainda não bem elucidada, caracterizada por dores generalizadas e presença de no mínimo 11 dos 18 pontos sensíveis específicos a palpação, tendo duração de no mínimo três meses, além de alteração na qualidade ou duração do sono.
As hipóteses da fisiopatologia da fibromialgia são diversas e incluem disfunção do sistema modulatório de dor com o sistema nervoso central, disfunção no sistema neuroendócrino e disautonomia.
A dor tem sido descrita como o principal sintoma. Outros sintomas são a fadiga, diminuição da concentração, humor negativo, diminuição na qualidade de sono e atividade global diminuída. A causa da interferência no processamento da dor permanece incerta, embora a participação de estressores crônicos psicológicos, geradores de dor periférica e mediadores inflamatórios tem sido proposta. O funcionamento alterado do sistema de nocicepção pode conduzir a uma alteração que gera desordem como uma agressão física, levando ao tecido traumatizado a dor localizada, ou um insulto psicológico como o stress.
Devido a diversos fatores fisiológicos e psicológicos relacionados à dor e a fadiga do paciente com fibromialgia, 83% dos pacientes com fibromialgia não mantêm prática regular de exercícios aeróbicos, sendo sua maioria apresentando desempenho cardiorrespiratório abaixo do esperado.
Além do tratamento medicamentoso com o acompanhamento do médico, os exercícios físicos proporcionam grande benefício ao paciente, levando à diminuição de contraturas musculares, redução da fadiga, diminuição dos pontos- gatilho, melhora do condicionamento físico, aumento da força muscular e da flexibilidade. Porém, alguns cuidados devem ser tomados:
É fundamental apoio multidisciplinar para recomendar e auxiliar na adoção do estilo de vida ativo ao paciente com fibromialgia levando sempre em consideração suas características individuais, gravidade dos sintomas, objetivos e aptidão física.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
A fibrose cística, também conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética de herança autossômica recessiva: ou seja, é herdada pelo filho(a) quando o mesmo recebe uma cópia de cada um dos pais contendo mutação no gene da fibrose cística, denominado CFTR. Sua principal característica é o acúmulo de secreções mais densas e pegajosas nos pulmões, no trato digestivo e em outros órgãos do corpo.
A doença se manifesta basicamente com sintomas respiratórios, gastrointestinais e presença excessiva de cloro no suor. Causada por alterações no gene CFTR, a fibrose cística pode ter apresentações muito variáveis, decorrentes do grau de defeito na função desse gene. A consequência das mutações é o mau funcionamento da proteína CFTR, resultando em secreções espessas que obstruem pulmões e pâncreas, entre outros órgãos.
Ainda no período neonatal (em recém-nascidos) é possível observar o entupimento do intestino, dificuldade de ganhar peso, tosse com secreção e desidratação sem motivo aparente. Com o passar dos anos o paciente pode apresentar perda de peso, desnutrição progressiva, tosse crônica com muita secreção, sinusite crônica, formação de pólipos nasais (aumento da mucosa do revestimento do nariz que formam pseudotumores no nariz), doença hepática (cirrose biliar), diabetes, infecções respiratórias e infertilidade.
As principais complicações dos pacientes com fibrose cística são: sangramento pulmonar, infecções graves, pneumotórax (vazamento de ar do pulmão) e obstrução intestinal.
O tratamento é multidisciplinar, pois envolve médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiras, psicólogos e assistentes sociais, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e sobrevida.
Para melhorar a doença respiratória, são indicados tratamentos para fluidificar as secreções, com uso de nebulizações com medicamentos especiais, fisioterapia respiratória, que ajuda a expelir a secreção, e o uso de antibióticos inalatórios.
A fibrose cística ainda não tem cura definitiva, e o tratamento é essencial para retardar a progressão da doença. É importante ressaltar que mesmo com uma carga de tratamento significativa, pacientes com fibrose cística podem ter uma vida normal, frequentar a escola, trabalhar etc. A sobrevida dos pacientes vem crescendo a cada ano, e em vários países do mundo já há mais adultos do que crianças com fibrose cística, o que é um excelente indicador dessa melhora da sobrevida. O diagnóstico precoce, entretanto, é de suma importância – para que o tratamento possa garantir uma nutrição adequada e prevenir os danos ao sistema respiratório.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
A Filariose Linfática (Elefantíase) é uma doença parasitária crônica, considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo. É causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti e transmitida basicamente pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita.
Entre as manifestações clínicas mais importantes da Filariose Linfática estão edemas (acúmulo anormal de líquido) de membros, seios e bolsa escrotal, que podem levar a pessoa à incapacidade. Em casos mais graves, algumas complicações podem surgir.
A transmissão da Filariose Linfática se dá basicamente pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita. Após a penetração na pele, por meio da picada do mosquito, as larvas infectantes migram para região dos linfonodos (gânglios), onde se desenvolvem até a fase adulta.
Havendo o desenvolvimento de parasitos de ambos os sexos, haverá também a reprodução deles, com eliminação de grande número de microfilárias para a corrente sangüínea, o que propiciará a infecção de novos mosquitos, iniciando-se um novo ciclo de transmissão.
Os possíveis sintomas da Filariose Linfática (Elefantíase) estão relacionados ao processo de desenvolvimento das larvas causadoras da doença e também do local onde se alojaram os vermes adultos, podendo variar desde ausência de sintomas, até quadros graves e incapacitantes, muitas vezes permanentes.
No entanto, como os quadros clínicos e os sintomas são semelhantes ao de outras doenças, é preciso que sua caracterização seja feita criteriosamente por meio de diagnóstico específico.
Os sintomas mais comuns da Filariose Linfática são:
O diagnóstico da Filariose Linfática (Elefantíase) deve ser bem específico e detalhado, para descartar a hipótese de outras doenças. Os testes laboratoriais que comprovam a presença do verme parasita causador da doença são:
Orienta-se que devido à Filariose Linfática estar em vias de eliminação no Brasil, seja realizada a identificação morfológica do parasito (classificação da espécie filarial) antes do tratamento específico com a Dietilcarbamazina. O procedimento de identificação morfológica se dá por meio do encaminhamento de material biológico para o Laboratório do Serviço de Referência Nacional em Filarioses (SRNF) no Instituto Aggeu Magalhaes (IAM) Fiocruz/Pernambuco.
A droga de escolha é a Dietilcarbamazina (DEC) na forma de comprimidos de 50mg da droga ativa. Sua administração é por via oral e apresenta rápida absorção e baixa toxicidade. Esta droga tem efeito micro e macro filaricida, com redução rápida e profunda da densidade das microfilárias no sangue.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
Fimose é o excesso de pele que recobre o pênis dificultando que a glande (cabeça do pênis) seja exposta. Esta condição é comum nos bebês meninos e tende a desaparecer com o passar do tempo, mas se na adolescência o problema persistir pode ser necessária uma intervenção cirúrgica simples para remoção da pele.
Em homens adultos, pode provocar, além do câncer de pênis, problemas no desempenho sexual. Nas crianças, é comum causar dor e inflamação. A cirurgia de fimose é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas o tratamento adequado é feito caso a caso, conforme orientação médica.
Não é possível prevenir a fimose, uma vez que a formação da pele que encobre a cabeça do pênis (glande) ocorre ainda na vida fetal e varia conforme cada caso, baseado na genética de cada pessoa.
São indicados os seguintes tratamentos para fimose:
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.