SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Governo do Estado de Alagoas

Doenças letra G

O que é?

Gastrite é a inflamação das paredes do estômago. Ela pode durar por pouco tempo, na chamada gastrite aguda, ou pode durar meses e até mesmo anos (gastrite crônica).

Gastrites agudas são de aparecimento súbito e geralmente associadas a um agente causador como medicamentos (anti-inflamatórios e corticoides), infecções e estresse físico ou psíquico. Alimentos contaminados com bactérias ou vírus também podem ocasionar a gastrite.

A gastrite crônica atrófica ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento do estômago, provocando a diminuição ou extinção das enzimas gástricas. A gastrite crônica atrófica prejudica a absorção de vitamina B12 e pode levar ao quadro conhecido como anemia perniciosa.

Sabe-se que a bactéria Helicobacter pylori pode determinar uma gastrite crônica (quadro prolongado de gastrite). Esta bactéria sobrevive em ambientes ácidos, como é o estômago. No entanto, o H. pylori leva à destruição da barreira protetora que reveste a mucosa do estomago , permitindo que o suco gástrico agrida esta mucosa, o que leva à inflamação da mesma, caracterizando a gastrite. Como a infecção pela bactéria é crônica, a inflamação também segue este padrão.

Causa

A gastrite possui diversas causas que incluem o abuso do álcool, ingestão de anti-inflamatórios por longa data, estresse e nervosismo, causas estas que promovem o enfraquecimento da mucosa estomacal, permitindo que o suco digestivo produzido pelo estômago causem danos ao tecido que reveste o órgão.

A gastrite pode ser promovida pela bactéria Helicobacter pylori, que vive no revestimento do estômago e que, se não for tratada, pode levar ao surgimento de úlceras e até mesmo ao câncer de estômago. Outras bactérias e vírus também podem causar infecções que levam à gastrite.

Alguns fatores que se relacionam ao desenvolvimento de gastrite:

  • Analgésicos
  • Idade avançada
  • Alcoolismo
  • Estresse emocional
  • Doenças autoimunes

Sintomas

  • Dor de estômago ou desconforto abdominal, logo após a refeição ou quando fica muito tempo sem comer nada;
  • Abdômen inchado, principalmente após as refeições;
  • Náusea e vômitos;
  • Indigestão;
  • Mal estar;
  • Queimação no estômago;
  • Gases.

Apesar destes sintomas estarem presentes em quase todos os paciente diagnosticados com gastrite, é possível o diagnóstico da doença mesmo na ausência destes.

Diagnóstico

Na suspeita de complicações, como a hemorragia, a endoscopia digestiva alta é o exame indicado. A endoscopia é um exame que permite avaliar detalhadamente a mucosa, mostrando alterações sugestivas de algum tipo de gastrite. Por isso, considera-se que o diagnóstico das gastrites crônicas é, fundamentalmente, histológico, ou seja, pelo exame microscópico de fragmentos da mucosa.

Tratamento

O tratamento está relacionado ao agente causador. Nos casos de gastrite aguda associada ao uso de medicações anti-inflamatórias, sua suspensão e/ou substituição, associada ao uso de medicamentos que neutralizem, que inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago, é o tratamento básico:

  • Antagonistas H2;
  • Inibidores da bomba de prótons (IBP), como omeprazol, esomeprazol, rabeprazol e pantoprazol;
  • Antibióticos.

Prevenção

Evitar o uso de medicações irritativas como os anti-inflamatórios e a aspirina, evitar medicamentos sem orientação medica. Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e do cigarro. A utilização de água tratada bem como medidas de higiene pessoal como lavar as mãos antes de se alimentar, além dos cuidados no preparo e na conservação dos alimentos, previnem as infecções alimentares que podem associar-se a gastrite.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

Glaucoma é uma doença do nervo óptico em que as células que fazem conexão do olho com o cérebro (células ganglionares retinianas) morrem, fazendo que a cabeça do nervo óptico apresente um aumento da escavação (depressão central onde há ausência de fibras nervosas) até tomar todo o nervo podendo cegar o paciente. O aumento da pressão intraocular, que antigamente entrava na definição, é o principal fator de risco e o único que efetivamente podemos tratar, mas é importante apontar que existem pacientes com glaucoma com pressões em níveis normais, como pacientes sem glaucoma e com pressões altas.

Tipos

Existem mais de 30 tipos diferentes de glaucoma. Uma divisão mais simples incluiria em primeiro lugar os glaucomas infantis (que ocorrem muitas vezes por má formação do olho) e são na sua enorme maioria cirúrgicos. O segundo tipo seria do glaucoma de ângulo aberto, mais prevalente no Brasil (com poucos sintomas em seus estados iniciais e moderado). Um terceiro tipo seria os glaucomas de ângulo fechado, estes que ocorrem em crises agudas e graves, potencialmente causando cegueira se não tratados rapidamente. Por último, os glaucomas secundários. Estes últimos ocorrem por várias causas diferentes que vão desde traumas, sangue, tumores, etc.

Sintomas

Para que o paciente comece a perceber a perda da visão por glaucoma leva-se um tempo razoável. Isso acontece porque o sistema visual, por um mecanismo de proteção, é redundante. Assim, temos várias células conduzindo informações de um mesmo estímulo e para complicar, se temos um olho muito afetado e outro normal, a interpolação dos campos visuais dos dois olhos “anula” a percepção da perda de sensibilidade. Resumindo, a perda visual é tardia, mas irreversível.

Quando existe perda importante o paciente pode apresentar outros sintomas que derivam da perda da sensibilidade retiniana como:

  • Diminuição da percepção de contrastes;
  • Dificuldade e lentidão para leitura;
  • Alteração na adaptação claro/escuro.

Estas deficiências podem e muitas vezes causam depressão, aumento na frequência de quedas e uma piora na qualidade de vida. Outros sintomas, como dor, acontecem em casos de aumento súbito da pressão intraocular. Geralmente o glaucoma de ângulo aberto não dói, como é o caso dos glaucomas agudos por fechamento angular ou no glaucoma neovascular, que pode ocorrer em pacientes diabéticos ou que tiveram trombose de vasos da retina.

Um sintoma importante que ocorre não pelo glaucoma em si, mas pelo tratamento é vermelhidão nos olhos, olheiras, aumento dos cílios, diminuição da gordura orbitária e olho seco. Isso ocorre por efeito colateral dos principais colírios.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio do exame oftalmológico completo: mede-se a pressão intraocular, avalia-se a amplitude do ângulo que a íris faz com a córnea por meio de uma lente que encosta no olho (para saber se o ângulo é aberto ou fechado) e depois se avalia o nervo e a retina no exame de fundo de olho. Quando há suspeita, faz-se a avaliação funcional por meio de campo visual e estrutural usando fotos de retina e nervo, medida na camada de fibras nervosas por meio da tomografia de coerência óptica. Estes pacientes são acompanhados ao longo do tempo.

O suspeito é dado como glaucomatoso somente se houver piora dos parâmetros e o controle da doença é dado quando se caracteriza ausência de progressão.

Tratamento

O tratamento inicial é feito com colírios ou laser. O laser é uma ótima opção, ainda pouco utilizada no Brasil. A taxa de sucesso do laser vai de 50 a 60% mas a segurança é muito grande.

Em casos onde o laser e os colírios não são suficientes ou estes últimos não são tolerados, há a opção cirúrgica. As opções cirúrgicas são variadas com cada caso. Vai desde procedimentos minimamente invasivos a implantes de drenagem ou laser agressivo que destrói o tecido que produz o liquido que dá o tônus ocular. Esses procedimentos são os ciclodestrutivos.

Existem certos tipos de glaucoma em que o cristalino é parte do problema, como nos glaucoma de ângulo fechado. Nestes casos específicos, eventualmente, quando se retira o cristalino (numa cirurgia de catarata) este ângulo se abre completamente e pode ser a solução definitiva não necessitando mais de colírios ou outras cirurgias. Mas se este paciente já tem o ângulo fechado cronicamente, numa extensão grande e já com lesão, só a remoção do cristalino não é suficiente. A cirurgia de catarata não serve para tratamento de glaucoma de ângulo aberto, o que é uma confusão importante para muitos colegas.

Fatores de risco

Existem fatores de risco para o glaucoma e para tipos específicos inclusive. O antecedente familiar é bem importante. Todos com parentes com glaucoma, principalmente de primeiro grau, devem avisar o seu oftalmologista e este fará uma avaliação mais detalhada do caso e solicitará visitas periódicas.

A miopia é fator de risco para glaucoma de ângulo aberto e hipermetropia para glaucoma de ângulo fechado. Quem já operou miopia na enorme maioria das vezes terá a medida de pressão falseada para baixo. Ou seja: ela estará mais alta que a medida no aparelho. Isso porque a cirurgia de miopia altera propriedades físicas da córnea e o aparelho está calibrado para córneas normais.

A idade também é fator de risco. A incidência aumenta quase exponencialmente com a idade. Acima de 50 anos a prevalência é próxima de 2% e acima de 75 anos pode chegar a mais de 15%. Indivíduos negros tem o dobro da prevalência, o tratamento é menos efetivo e eles ficam mais cegos pela doença. Já orientais tem maior incidência de glaucoma de pressão normal e glaucomas crônicos de ângulo fechado.

A pressão arterial baixa é um fator de risco importante. Assim, uma associação ruim seria ter a pressão do olho alta e a arterial baixa. Pacientes com glaucoma e em tratamento para hipertensão arterial devem conversar com seus cardiologistas para que evite tratamentos que induzam hipotensão exagerada.

Diabetes é conflituoso como fator de risco. Mas diabetes descontrolada que gera retinopatia diabética proliferativa pode ser causa de uma forma grave de glaucoma neovascular.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

O subtipo do vírus influenza A H1N1 é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus da gripe aviária, do vírus da gripe suína e do vírus humano da gripe. Sua forma de transmissão se dá de uma pessoa para outra pelo contato com secreções respiratórias, partículas de saliva, tosse ou espirro. E, de acordo com o OMS, também é possível a transmissão pelo contato com superfícies contaminadas.

Sintomas

Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, e se apresentam como febre repentina (acima de 38°C), dor de garganta, associado a dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios como tosse e piora da asma para asmáticos também são comuns. Algumas pessoas também podem apresentar diarreia e vômitos. É recomendado que os pacientes que apresentarem sintomas que envolvam secreções nasais, tosse ou espirro recebam máscara cirúrgica com o intuito de evitar a transmissão do vírus. Os adultos podem transmitir a doença no período de sete dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças, este período vai de dois dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas.

Diagnóstico e tratamento

Para confirmar o diagnóstico de H1N1, é necessário realizar teste laboratorial específico. Já o tratamento é feito com uso de medicamento fosfato de Oseltamivir (Tamiflu) nas primeiras 48 horas após aparecerem os sintomas, com duração de cinco dias. Não há contra indicação de medicamentos para este tipo de gripe.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.