SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Governo do Estado de Alagoas

Doenças letra M

O que é?

Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores (mosquito). Também é conhecida por: paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, além de nomes populares, como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.

Causa

No Brasil, três espécies de protozoários do gênero Plasmodium acometem seres humanos: Plasmodium malariae, Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum. A espécie Plasmodium ovale ocorre apenas no continente africano, porém, ocasionalmente, casos importados podem ser diagnosticados no Brasil.

Transmissão

Através da picada da fêmea do mosquito pertencente a ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família Culicidae, gênero Anopheles. Este mosquito tem que estar infectado pelo protozoário Plasmodium. Popularmente, os mosquitos são chamados de “carapaña”, “muriçoca”, “sovela”, “mosquito prego” e “bicuda”. As picadas são mais frequentes no entardecer e ao amanhecer (horários crepusculares), porém, podem ocorrer durante todo o período noturno. Raramente, ocorre transmissão por transfusão sanguínea ou uso compartilhado de seringas, assim como é mais raro a transmissão congênita.

O período de incubação varia de acordo com a espécie de protozoário: P. falciparum (8 a 12 dias), P. vivax (13 a 17 dias), P. malariae (18 a 30 dias).

Sintomas

O quadro clínico típico é febre alta (até 41º C), acompanhada de calafrios e tremor generalizado com duração de 15 minutos a 60 minutos, sudorese profusa e cefaleia, náuseas e vômitos que ocorrem padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Antes do quadro febril, o paciente pode apresentar náuseas, vômitos, astenia, fadiga e anorexia. Os sinais de malária grave são: temperatura > 41º C, convulsão, estado confusional agudo, hiperparasitemia ( > 200.000/mm3), vômitos repetidos, oligúria (insuficiência renal aguda), dispneia, anemia intensa, icterícia, hemorragias e hipotensão arterial.

Diagnóstico

O diagnóstico só é possível pela demonstração do parasito ou de antígenos no sangue periférico do paciente. Os métodos são: Gota espessa (microscopia óptica após coloração com corante vital – azul de metileno e Giemsa, avaliando morfologia, diferentes estágios do desenvolvimento do parasita, determinação da densidade parasitária para avaliação prognóstica); esfregaço delgado; testes imunocromatográficos ou testes rápidos (não são capazes de diagnosticar malária mista, ou seja, por dois tipos diferentes de protozoários), sorologias para obter frações IgG e IgM: hemaglutinação e imunofluorescência indireta.

Prevenção

  • O diagnóstico e tratamento precoce contribuem para a interrupção da cadeia de transmissão, pois reduz a quantidade de mosquitos fêmea infectada pelo Plasmodium ao picarem os pacientes. Neste sentido, a educação da população sobre sinais e sintomas de malária com a busca pelo atendimento médico são fundamentais para esta ação;
  • O controle vetorial através de borrifação residual intradomiciliar, termonebulização com inseticidas e controle larvário tratando os criadouros dos mosquitos;
  • De forma individual, uso de mosqueteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protegem pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes;
  • Orientação de viajantes a áreas endêmicas com as medidas de prevenção individuais e recomendação restrita de profilaxia com antimaláricos em doses subterapêuticas do tipo: doxiciclina, mefloquina, cloroquina. Neste caso, somente quando o risco de doença grave e/ou morte por malária P. Falciparum for superior ao risco de eventos adversos graves relacionados às drogas utilizadas.

Tratamento

O tratamento da malária visa atingir o parasito em postos-chave de seu ciclo evolutivo, como: interrupção da esquizogonia sanguínea, destruição das formas latentes do parasita (hipnozoitos), interrupção da transmissão dos parasitos e impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos. O tempo varia entre 3 a 14 dias, a depender da espécie, com o uso de esquemas contendo cloroquina, primaquina, artesunato, artemether, mefloquina, lumefantrina, doxiciclina, quinina e clindamicina.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

As mastites são inflamações do tecido mamário, em geral acompanhada de infecções. São comumente associadas ao período da amamentação, porém podem ocorrer na mulher não lactante, em homens e em crianças.

Tipos e Causas

O principal tipo de mastite é a lactacional, ou seja, associada à lactação. Estima-se que ocorra em cerca de 10% das mulheres que amamentam. Está associada a dificuldades na amamentação, acúmulo de leite, e lesões no mamilo (fissuras).

A mastite não-lactacional é menos comum. Seu principal tipo é a mastite periductal, associada à inflamação dos ductos principais, localizados próximos à aréola. É muito associada ao hábito de fumar.

Podemos citar como outros tipos de mastite não-lactacional a mastite granulomatosa idiopática, de causa desconhecida e mastite causada por agentes incomuns, como fungos e tuberculose.

Sintomas

A paciente com mastite tem dor local, associado ao aumento de temperatura local e vermelhidão da pele. Pode acontecer abaulamento local ou aumento do volume mamário associado. A paciente pode ou não ter febre e queda do estado geral. Os exames laboratoriais podem demonstrar aumento dos leucócitos, e de mediadores inflamatórios.

Diagnóstico?

O diagnóstico é, em geral, clínico, realizado por meio de anamnese e exame físico. Pode ser realizada biópsia e cultura para comprovação do diagnóstico, do agente infeccioso e do tratamento adequado. Casos de apresentação atípica devem ser avaliados por especialista, buscando diagnóstico diferencial com doenças neoplásicas (raro).

Tratamento?

O tratamento de um quadro de mastite se inicia com antibióticos e anti-inflamatórios, visto a maior prevalência de mastites associadas à infecção. O seguimento adequado pelo médico assistente definirá duração e necessidade ou não de ajustes em relação ao antibiótico. Mastites crônicas ou de apresentação incomum devem ser avaliadas por especialista, buscando o diagnóstico correto e direcionamento individualizado do tratamento. Procedimentos cirúrgicos podem ser necessários em casos de abscessos e fístulas mamárias.

Prevenção

Para mastites lactacionais, a amamentação adequada, através de boa orientação da lactante, pega adequada do recém-nascido e diminuição das fissuras são muito importantes para prevenir a mastite. Na mastite periductal, a suspensão do hábito de fumar é ponto fundamental.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

As meninges são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A inflamação dessas membranas é a meningite. Bactérias, vírus e fungos, quando atingem as meninges, causam a inflamação que pode se espalhar por todo o sistema nervoso central.

Tipos

As meninges são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A inflamação dessas membranas é a meningite. Bactérias, vírus e fungos, quando atingem as meninges, causam a inflamação que pode se espalhar por todo o sistema nervoso central.

Sintomas

Os sintomas dos três tipos de meningite são parecidos. O que vai diferenciar um do outro é a intensidade e a rapidez com que o quadro clínico evolui. Por isso, é importante consultar um médico assim que os sintomas começarem a aparecer.

Quando a bactéria atinge as vias respiratórias, passa do nariz para o sangue, é levada para o cérebro, onde estão as meninges, e aí acontece a infecção. Em pouco tempo aparecem os sintomas: febre alta, vômitos, dor na cabeça e no pescoço, mal-estar e dificuldade de encostar o queixo no peito. Em alguns casos aparecem manchas arroxeadas que significam que as bactérias estão circulando pelo corpo, ou seja, há uma rápida disseminação da doença pelo organismo, podendo causar uma infecção generalizada.

Diagnóstico?

Somente o médico pode diagnosticar qual o tipo de meningite está instalada no organismo. Um exame do líquido cefalorraquidiano, puncionado da espinha, aponta qual agente infeccioso esta no organismo. Com base nesse exame e nos sintomas, o médico irá indicar o tratamento correto.

Prevenção

Muitas escolas param as aulas quando há algum caso de meningite entre os alunos. Essa medida depende do tipo de meningite, e não é indicada nos casos de pneumocócica ou Haemophylus. Entretanto, algumas medidas simples podem ser tomadas para prevenir o contágio, especialmente em casos de surto. O médico aconselha a evitar ambientes abafados onde há aglomeração de pessoas e lavar bem talheres, copos e pratos. Quanto ao contágio da meningite meningocócica também é recomendado que pessoas que estiveram próximas a pacientes infectados utilizem medicamentos (no caso, antibióticos) como prevenção.

Tratamento

O tratamento depende da bactéria que a causa. É feito com antibióticos e em geral funciona muito bem, mas meningite meningocócica é uma das raras doenças infecciosas que pode matar em menos de 24 horas.

Vacinas

A mais eficaz é contra a meningite Haemophylus. Ela já faz parte do programa oficial de vacinação e tem reduzido drasticamente o índice dessa doença como, também, sinusite e otite, que são causadas pela mesma bactéria. Contra o pneumococo, a vacina também existe. Foi criada nos Estados Unidos e na Europa de acordo com o tipo de bactéria existente nesses lugares. Apesar disso, mesmo no Brasil a imunidade é boa.

Quanto à meningite meningocócica a proteção é bem menor. Isso porque existem treze grupos dessas bactérias e as vacinas existentes não conseguem garantir imunidade a todos eles.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

É uma doença viral muito frequente. Estudos mostram que entre 80 a 95% da população adulta do mundo já foi infectada. Alguns estudos descrevem que a infecção primária ocorre mais na infância em populações com condições socioeconômicas menos favorecidas, enquanto que na adolescência ou idade adulta em outras populações.

Tipos

A infecção pode ser assintomática (mais frequente em crianças) ou os sintomas clássicos, como geralmente ocorrem entre adolescentes e adultos.

Causa

A doença é causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) que é um membro da família dos herpesvírus.

Sintomas

Os iniciais são cefaleia, fadiga, mal-estar e dores musculares evoluindo para febre, linfonodomegalia (aumento dos gânglios) e faringite (dor de garganta com presença de placas). Em alguns casos pode ocorrer também esplenomegalia (aumento do baço) e exantema (manchas vermelhas pelo corpo). Complicações, como anemia e plaquetonia (diminuição das plaquetas) podem ocorrer. Hepatite autolimitada também pode ser observada.

Diagnóstico?

É feito pelo quadro clínico do paciente e alguns exames laboratoriais. O hemograma pode acusar linfocitose (aumento dos linfócitos), além da presença de atipias linfocitárias. Aumento das enzimas hepáticas também pode ser observado. Um exame de sangue específico chamado de sorologia para EBV/mononucleose pode dar o diagnóstico definitivo da doença.

Tratamento

Não existe específico para a doença. Nesses casos é realizado o tratamento de suporte que consiste em sintomáticos, controle da febre e da odinofagia (dor para engolir), além da hidratação.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.