SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Governo do Estado de Alagoas

Doenças letra R

O que é?

A raiva, conhecida também como hidrofobia, é uma doença mortal. No Brasil, os casos de raiva estão relacionados com mordidas e arranhões de cachorros e morcegos. Infelizmente a vacinação canina ainda não é universal o que eleva os riscos de contrair a doença.

Transmissão

A raiva é transmitida pela saliva do animal raivoso por meio de mordidas ou arranhões. Também existe a transmissão via transplantes de órgãos, córnea e rins. Há muitas especulações sobre a possibilidade de contágio entre humanos, porém, há um único caso, ocorrido no século XIX onde se atribuiu a transmissão a contato sexual, mas é um caso mal estudado e mal documentado pela época em que ocorreu.

Sintomas

Após a mordida, o paciente começa a ter alterações de sensibilidade no local mordido ou arranhado e depois progride para agitação e hidrofobia, estágio onde a pessoa não consegue deglutir líquidos. Após a fase de agitação vem à fase paralítica. Pode haver só a fase paralitica em alguns episódios.

O vírus pode provocar miocardite e lesão do sistema nervoso autônomo. Entre os episódios de agitação a pessoa pode ter consciência, inclusive, do que ela apresenta. As complicações que ocorrem durante a doença são sequelas neurológicas, que são descritas nos raríssimos casos de sobrevivência documentados.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é feito pela pesquisa de corpúsculos de Negri, agregados virais, em biopsia da nuca ou imprint de córnea.

Vacina

Com o avanço da ciência, a vacina contra a raiva é bastante eficaz, mas deve ser usada adequadamente, conforme as normas da Secretaria de Saúde: animal desconhecido, selvagem, morcego, ou animal com sintomas devem ser vacinados. A vacinação deve ser iniciada imediatamente após o acidente com o animal: algumas mordidas exigem além da vacinação o uso de soro antirrábico.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

A rosácea é uma doença inflamatória crônica, recidivaste (recorrente), que afeta frequentemente a pele e mais raramente os olhos. Ela possui vários tipos, cada um de acordo com os sintomas do pacientes. Uma destas formas é muito confundida com o quadro de acne, as chamadas “espinhas”.

Causa

A causa ainda não esta completamente esclarecida, porém existem vários fatores contribuintes como disfunções nos vasos sanguíneos da pele, reações inflamatórias frente a micro-organismos na pele, alterações na imunidade inata, além dos danos causados na pele pelos raios ultravioleta.

Tratamento?

Existe tratamento, mas este deverá ser feito de acordo com cada forma de rosácea e faixa etária. Cada paciente deverá ser avaliado individualmente por um especialista.

Sabemos que a rosácea pode acometer adultos, principalmente na faixa dos 30 anos, mulheres e pacientes com fototipo I e II, ou seja, peles mais claras são mais acometidas. Em estágios mais precoces as mulheres são as mais afetadas. Já os homens podem desenvolver rinofima (afecção que afeta o nariz originada pela rosácea) mais frequentemente. O diagnóstico deve ser feito corretamente, determinando cada tipo de rosácea visando o tratamento correto a ser feito.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

O Rotavírus (vírus RNA da família Reoviridae, do gênero Rotavírus) é um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA) e uma das mais importantes causas de diarreia grave em crianças menores de cinco anos no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento.

Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção por rotavírus, no entanto, a gastroenterite, ou seja, a manifestação clínica, é mais prevalente em crianças menores de cinco anos. Recém-nascidos normalmente têm infecções mais leves ou assintomáticas, provavelmente devido à amamentação e aos anticorpos maternos transferidos pela mãe.

Transmissão

O Rotavírus (rotavirose) é transmitido pela via fecal-oral (contato pessoa a pessoa, ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados, e propagação aérea por aerossóis) e é encontrado em altas concentrações nas fezes de crianças infectadas.

O período de incubação é de dois dias, em média. Quanto à transmissibilidade excreção viral máxima acontece nos 3º e 4º dias a partir dos primeiros sintomas. Apesar disso, é possível detectar rotavírus nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarreia.

Sintomas

Os sinais e sintomas clássicos do Rotavírus (rotavirose), principalmente na faixa etária dos seis meses aos dois anos, são as ocorrências repentinas de vômitos. Na maioria das vezes, também podem aparecer, junto com os vômitos, diarreia com aspecto aquoso, gorduroso e explosivo e febre alta.

Podem ocorrer formas leves e subclínicas nos adultos e formas assintomáticas na fase neonatal e durante os quatro primeiros meses de vida. Nas formas graves, o Rotavírus (rotavirose) pode provocar: desidratação; febre e morte.

Diagnóstico

O desenvolvimento de imunoensaios, testes de látex e eletroforese tornaram o diagnóstico do Rotavírus (rotavirose) viável em todo o mundo, por serem rápidos, sensíveis, específicos, baratos e fáceis de executar em laboratórios mais simples. O rotavírus pode ser cultivado a partir de amostras de fezes e métodos de detecção molecular, os quais, apesar de não serem necessários para o diagnóstico de rotina, permitem a comparação dos rotavírus identificados com os utilizados na constituição das vacinas disponíveis.

O diagnóstico de rotavírus nos serviços públicos de saúde ocorre a partir da coleta da amostra de fezes frescas (in natura), em torno de 5 a 10 ml, sem conservantes. Posteriormente, a amostra deve ser armazenada em frasco/pote com tampa rosqueada devidamente identificado, e enviada ao laboratório da rede de saúde pública para análise.

Diante da suspeita de rotavírus, deve ser realizado o diagnóstico diferencial considerando-se todos os microrganismos capazes de causar doenças diarreicas agudas. Recomenda-se, portanto, a coleta simultânea de amostras de fezes para análise viral, bacteriana e parasitológica.

Tratamento?

Como o Rotavírus (rotavirose) geralmente é autolimitado, o paciente deve ser tratado por meio da reposição de líquidos e minerais, para prevenir ou corrigir a desidratação, e manejo nutricional adequado. Em resumo, após a avaliação clínica do paciente, o tratamento adequado deve ser estabelecido conforme o Manejo das Doenças Diarreicas Agudas:

  • Correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico (Planos A,B ou C).
  • Combate à desnutrição.
  • Uso adequado de medicamentos.
  • Prevenção das complicações.

Prevenção

Algumas medidas podem prevenir a infecção por Rotavírus (rotavirose), como a administração da vacina para rotavírus humano G1P1[8] (atenuada) em crianças menores de seis meses. O esquema de vacinação é de duas doses exclusivamente por via oral, sendo a primeira aos dois meses e a segunda aos quatro meses de idade com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. A vacina é contraindicada nos seguintes casos:

  • Imunodeficiência,
  • Uso de imunossupressores ou quimioterápicos,
  • História de doença gastrointestinal crônica,
  • Má-formação congênita do trato digestivo não corrigida,
  • História prévia de invaginação intestinal ou história de hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.

Outras ações de prevenção incluem práticas de higiene e consumo adequado de alimentos, tais como:

  • Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar os alimentos, amamentar, tocar em animais.
  • Lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos.
  • Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guardar os alimentos em recipientes fechados).
  • Guardar a água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita para evitar a recontaminação.
  • Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados.
  • Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada. Quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado.
  • Usar sempre a privada, mas se isso não for possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de água.
  • Manter o aleitamento materno (aumenta a resistência das crianças contra as diarreias), evitando o desmame precoce.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. A doença também é conhecida como “Sarampo Alemão”. No campo das doenças infectocontagiosas, a importância epidemiológica da Rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação.

A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras).

Transmissão

A transmissão da rubéola acontece diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. O período de transmissibilidade é de 5 a 7 dias antes e depois do início do exantema, que é uma erupção cutânea. A maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e depois do início do exantema.

Sintomas

Os sintomas principais sintomas da rubéola são febre baixa, linfoadenopatia retro auricular occipital e cervical; exantema máculo-papular. Esses sinais e sintomas da rubéola acontecem independente da idade ou situação vacinal da pessoa. O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se manifestar desde a infecção, é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias, conforme cada caso.

Podem ocorrer formas leves e subclínicas nos adultos e formas assintomáticas na fase neonatal e durante os quatro primeiros meses de vida. Nas formas graves, o Rotavírus (rotavirose) pode provocar: desidratação; febre e morte.

Diagnóstico

Para o diagnóstico da rubéola são feitos exames laboratoriais, disponíveis na rede pública em todos os estados, para confirmação ou descarte de casos, como titulação de anticorpos IgM e IgG para rubéola.

Existem muitas doenças que se manifestam semelhantes à rubéola. As mais importantes são: sarampo, Exantema Súbito (Roséola Infantum), dengue, Enteroviroses, Eritema Infeccioso (Parvovírus B19) e Ricketioses.

Na situação atual de eliminação da rubéola, identificar precocemente um caso suspeito e realizar as ações de vigilância de forma adequada com uma correta investigação epidemiológica, a realização do diagnóstico diferencial é muito importante para classificar adequadamente qualquer caso suspeito.

Prevenção

A prevenção da rubéola é feita por meio da vacinação. A vacina está disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 12 meses de idade. A vacina tríplice viral (Sarampo, Rubéola e Caxumba) foi implantada gradativamente entre os anos de 1992 até o ano 2000. A faixa etária estabelecida foi de 1 a 11 anos de idade, que se mantém até a presente data.

Tratamento?

Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada, conforme cada caso. Os tratamentos são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim que surgirem os primeiros sintomas, procure imediatamente um médico para confirmação do diagnóstico e início imediato do tratamento.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.