SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Governo do Estado de Alagoas

Doenças letra S

O que é?

O sarampo é uma virose – um vírus com genoma RNA (paramyxovirus do grupo morbilivirus). Como a maior parte das doenças de disseminação respiratória, o sarampo era bem mais comum no inverno pela maior aglomeração de pessoas. A doença está bem controlada no Brasil e os casos que aparecem são importados ou secundários a importados.

Sintomas

Tosse, coriza, injeção conjuntival e febre. Após poucos dias da contaminação aparece o típico exantema (erupções avermelhadas na pele) do sarampo, que iniciam no tronco. O exantema não coça e dura pouco mais que uma semana. Bem no começo do exantema aparecem manchas brancas muito típicas nas mucosas, mais fáceis de ver na mucosa oral - as manchas de Koplick.

O sarampo pode levar a várias complicações. A mais comum é a pneumonia bacteriana – principal responsável pela morte de crianças desnutridas. As complicações neurológicas, no entanto, assustam mais. Além de algumas agudas, como encefalite transitória, há uma encefalite crônica que sempre evolui mal e para o óbito. Ela ocorre anos depois do sarampo e é resultado da persistência do vírus no sistema nervoso central. Em adultos o sarampo é ainda mais grave. O diagnóstico é mais difícil e há uma pneumonia não bacteriana, pelo vírus do sarampo mesmo, que pode ser muito grave.

Transmissão

A transmissão ocorre por gotículas respiratórias e a doença é muito contagiosa. 90% das pessoas suscetíveis adquirem sarampo ao entrar em contato com alguém contaminado. A doença dá imunidade definitiva: só se tem sarampo uma vez. O sarampo é contagioso dois dias antes de o exantema surgir e até cinco dias depois.

Prevenção

A prevenção é com vacina. A vacina do sarampo é extremamente efetiva e tem poucos riscos.

Tratamento

O tratamento é sintomático e das complicações tratáveis, como a pneumonia. Não há tratamento antiviral específico.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

Sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo afetar homens, mulheres e crianças. A infecção acontece em quatro estágios com diferentes sintomas:

  • Sífilis primária: Aparecimento de ferida (úlcera) indolor na região genital, ânus ou boca.
  • Sífilis secundária: Desenvolvimento de erupções cutâneas, que podem estar associadas à febre, dor de cabeça, sintomas gripais, perda de peso e aumento de gânglios.
  • Sífilis latente: Neste estágio o paciente não tem sintomas e pode conviver anos com a doença sem saber.
  • Sífilis terciária: A sífilis pode causar danos graves no coração, cérebro, pele, olhos e outros órgãos.
  • Neurosífilis: Acontece quando a sífilis acomete o cérebro ou a medula espinhal. Isso pode ocorrer em qualquer fase da doença.

Sintomas

Os principais sintomas são:

  • Dor de cabeça;
  • Náuseas e vômitos;
  • Confusão mental;
  • Rigidez na nuca;
  • Dificuldade de enxergar ou perda de visão.

Transmissão

A sífilis é transmitida por contato sexual, mas também pode passar da mãe para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação.

Tratamento

O tratamento é feito com a penicilina, um antibiótico. Quando não tratada, a sífilis pode progredir para os estágios avançados e causar graves danos a sua saúde, com lesão em coração, cérebro, pele, olhos e outros órgãos.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

A Síndrome de Down é uma alteração genética caracterizada pela presença adicional de um cromossomo 21 nas células de nosso corpo. O cromossomo 21 a mais nas células do bebê é o responsável por todas as características que, normalmente, observamos. O déficit cognitivo e a hipotonia são observados em todos os indivíduos com Síndrome de Down e podem apresentar alguma variabilidade na sua intensidade. Tônus muscular diminuído, face um pouco mais achatada, olhos com leve inclinação, mãos pequenas, cabelos mais finos, entre outros, são achados comuns nestas crianças. Este material genético a mais também é o responsável pela maior incidência de alguns problemas de saúde que ocorrem mais frequentemente: malformações cardíacas e gastrointestinais, doenças da tireoide, problemas de visão e audição etc. Isto não quer dizer que toda criança com Síndrome de Down apresentará estas alterações, mas são condições que deverão ser avaliadas pelo pediatra para que ocorra um diagnóstico precoce e possibilidade de tratamento.

Crianças com síndrome de Down geralmente podem fazer a maioria das atividades que qualquer outra criança faz: andar, falar, brincar, se vestir, usar o banheiro, ir à escola etc. Entretanto, elas geralmente conseguem estas habilidades um pouco mais tarde que as demais crianças. A idade exata em que estas etapas do desenvolvimento serão alcançadas não pode ser prevista. Porém, programas de estimulação precoce, iniciados já nos primeiros meses de vida, contribuem bastante para que estes bebês atinjam seu potencial individual.

Cuidados

O seu bebê precisa dos mesmos cuidados dispensados aos bebês sem síndrome de Down. O pediatra poderá dar a vocês as informações iniciais necessárias e se há necessidade de avaliação por algum médico especialista. O aleitamento materno é tão importante quanto para qualquer outra criança. Geralmente é necessária, ainda no berçário, a realização de alguns exames para diagnóstico de eventuais patologias mais comuns: ecocardiograma, exames da visão e audição, e exames da tireóide são os mais comumente solicitados. Também é importante que o bebê inicie um programa de estimulação precoce para otimizar seu desenvolvimento. Geralmente, os profissionais envolvidos neste programa são o fisioterapeuta, o fonoaudiólogo e o terapeuta ocupacional. Mas não se apressem, o que o seu bebê mais precisa neste momento é o aconchego de seu colo e a companhia de seus pais e familiares!

Uma característica importante dos bebês com Síndrome de Down é a hipotonia muscular. Isto significa que estes bebês apresentam uma musculatura mais flácida e fraca e, por esse motivo, precisam de estímulos adequados logo ao nascer.

O aleitamento materno é fundamental para esses bebês, não só por suas propriedades nutricionais, mas também pelo trabalho muscular exercido pelo recém-nascido que ajudará a melhorar o tônus muscular dos lábios, boca e língua, importante para o desenvolvimento das arcadas dentárias e da linguagem. Além disso, a proteção obtida pelos anticorpos provenientes do leite materno diminuirá o risco das frequentes infecções respiratórias mais comuns nas crianças com a síndrome.

O acompanhamento nutricional pode melhorar a qualidade de vida das crianças com Síndrome de Down, e participar na prevenção de agravos à saúde devido às patologias associadas à síndrome.

Estímulos

A síndrome de Down caracteriza-se por um atraso no desenvolvimento das funções motoras. O bebê é hipotônico (perda do tônus muscular) e menos ativo; mas isso diminui com o tempo e a criança vai conquistando, embora mais tarde que as outras, as diversas fases do desenvolvimento.

Nos primeiros meses de vida (0 a 6 meses) a atuação da fisioterapia refere-se à estimulação precoce em virtude da necessidade de iniciá-la neste período. Essa intervenção ocorre com orientações aos pais sobre como proceder com a criança em casa nas mudanças de postura, o correto posicionamento no colo e na cama e como direcionar os estímulos sensoriais e motores para favorecer o desenvolvimento das habilidades do bebê.

Crianças que estão engajadas em programas de intervenção precoce e duradouro mostram melhor desenvolvimento neuromotor. Exercícios específicos praticados regularmente ajudam no desenvolvimento da criança, porém devem ser realizados com orientação e supervisão do fisioterapeuta. Ao proporcionarmos estímulos provocamos, indiretamente, uma excitação neuronal no córtex cerebral e outras estruturas do sistema nervoso, que resultará no crescimento das conexões nervosas. Desta forma, os comandos motores para as áreas estimuladas tornam-se mais numerosos e as sinapses mais estáveis, o que é expresso clinicamente pela aquisição progressiva de movimentos e posturas normais ou próximos ao normal.

Durante os dois primeiros anos de vida da criança ocorrem as conquistas motoras grossas mais marcantes: controlar a cabeça, o rolar e o rastejar, o sentar, o engatinhar, andar e correr.

A atuação da terapia ocupacional inicia-se já nos primeiros meses de vida e se dará ao longo do desenvolvimento de seu filho buscando integrar as atividades cognitivas e sensoriais (visão, audição, tato e olfato) às motoras.

O enfoque da estimulação precoce dá-se através do brincar. Em outras palavras, sabe-se que, a capacidade de brincar da criança é de grande importância na infância. É através dessa capacidade que a criança poderá experimentar diferentes formas de conhecer o mundo, potencializando seu desenvolvimento.

Ao longo do desenvolvimento, busca-se promover a independência nas atividades de auto-cuidados (alimentar-se, tomar banho e trocar de roupa de maneira independente) e facilitar o desempenho nas atividades escolares. Nessa fase, especial importância será dada aos aspectos motores finos como, por exemplo, segurar um lápis, abotoar, abrir potes com tampa, brincar com massa de modelar, utilizar tesoura, entre outros.

O terapeuta ocupacional trabalha em conjunto com os pais, demais cuidadores e outros profissionais como parceiros na possibilidade de manusear, cuidar e estimular adequadamente e, ao máximo, o potencial de da criança.

A intervenção fonoaudiológica precoce é sugerida para a orientação sobre a correta técnica da amamentação e sobre a sucção em mamadeira, se necessário. Estimular a musculatura orofacial durante as funções de sucção, deglutição e mastigação garante o adequado posicionamento, movimento e função de lábios, língua e bochechas. Há uma associação grande entre a estimulação destas funções e a aquisição e desenvolvimento da fala, pois os músculos utilizados para sugar e deglutir são os mesmos utilizados para falar. Desde o nascimento, são necessárias consultas periódicas para garantir o correto funcionamento da sucção, para a estimulação da musculatura orofacial, para a orientação da introdução das demais consistências alimentares gradativamente e para iniciar a orientação específica para o desenvolvimento de fala e linguagem. Em alguns casos, os bebês com síndrome de Down podem responder menos aos sons e, consequentemente, podem vocalizar menos. Normalmente, compreendem mais do que são capazes de expressar. No desenvolvimento da fala, podem apresentar trocas (“falar errado”), que são ocasionadas por dificuldade de discriminação auditiva e por fraqueza da musculatura do rosto. Às vezes precisam de mais estímulos para desenvolver a linguagem e também de apoio pedagógico.

Crianças com Síndrome de Down podem apresentar maior predisposição para desenvolver otite média (infecção no ouvido). A otite geralmente não é grave, porém precisa de acompanhamento clínico do pediatra que indicará o melhor tratamento, pois nos casos reincidentes pode acarretar prejuízo da aquisição da linguagem e da fala.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

Ocorre quando o nervo mediano é comprimido dentro do túnel - isso pode ocorrer em qualquer situação que diminua o tamanho do túnel ou aumente o volume dos tecidos que passam no seu interior.

Carpo em grego significa punho. Temos um verdadeiro "túnel" na região do punho: espécie de conduíte por onde passam o nervo mediano junto com os tendões que dobram os dedos e o punho. O nervo mediano controla a sensibilidade da palma dos dedos da mão (exceto do dedo mínimo) e também manda impulsos para os músculos que mexem o polegar.

Incidência

Estima-se que a incidência na população em geral varia entre 3 e10%, sendo mais comum em mulheres com idade entre 40 e 60 anos. Porém, com a disseminação do uso dos computadores passou a ser encontrado em adultos jovens de ambos os sexos.

Causa

Quando ficamos muito tempo com o punho dobrado diminuímos o espaço para o nervo, por exemplo, como em situações: usar tablet/celular, dirigir e dormir com o punho fletido.

Fatores de Riscos

  • Menopausa (em razão de alterações hormonais);
  • Gravidez (retenção de líquido nos tendões);
  • Ovário policístico / Endometriose;
  • Má postura;
  • Diabetes;
  • Artrose;
  • Artrite Reumatóide;
  • Hipotireoidismo;
  • Pós-fratura do punho;
  • Movimentos repetitivos / uso do computador ou celular.

Sintomas

Um dos sintomas clássicos é a presença do formigamento noturno no qual o paciente acorda no meio da noite com a mão formigando. A queixa de dor é variável, podendo irradiar dos dedos até o ombro, acompanhada de sensação de peso ou cansaço no antebraço. A presença de choque quando tocamos no punho, próximo a entrada do túnel reflete que o nervo está em sofrimento. Com o passar do tempo o paciente apresenta falta de sensibilidade na ponta dos dedos (exceto o dedo mínimo) e, em casos mais graves, atrofia da musculatura da base do polegar, ocasionando fraqueza da pinça digital e queda dos objetos da mão. Em cerca de 50% dos casos pode acometer os dois lados.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é importante para evitar lesão permanente do nervo e consequente anestesia e atrofia da mão. É necessária uma avaliação médica para descartar outros problemas que podem simular os sintomas, como a compressão do nervo em outros locais (por exemplo a hérnia de disco) ou algumas doenças próprias do nervo.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com o grau de acometimento. Iniciamos com o uso de tala para imobilizar o punho e evitar a sua flexão, principalmente durante a noite, associado a um trabalho de terapia da mão para controle da dor, alongamento muscular, correção postural e fortalecimento muscular.

Em casos selecionados, pode ser tentado uma infiltração para diminuir a pressão em cima do nervo. Em casos resistentes ou de compressão severa é necessário salvar o nervo com uma cirurgia. Está cirurgia consiste em “abrir” o teto do túnel, libertando o nervo comprimido.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.

O que é?

Trata-se do processo inflamatório que acomete a mucosa dos seios da face (região cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos). A doença pode ser secundária a uma infecção, quadro alérgico ou qualquer fator que atrapalhe a drenagem da secreção dos seios da face. O processo inflamatório atinge tanto a mucosa dos seios da face como a mucosa nasal.

Causa

A condição pode ser promovida tanto por agentes infecciosos como bactérias, fungos e vírus, quanto por fatores alérgicos (poeira, choque térmico e até mesmo determinados odores). Exposição a determinados agentes químicos e alterações na anatomia nasal ou dos seios da face fazem parte do outro grupo de responsáveis pela sinusite.

Existem alguns fatores que podem predispor o indivíduo a desenvolver sinusite, entre eles:

  • Pólipos nasais,
  • Reações alérgicas,
  • Outras doenças alérgicas como rinite e asma,
  • Desvio de septo nasal,
  • Trauma na face,
  • Doenças que afetam a imunidade,
  • Infecções respiratórias, como gripes e resfriados,
  • Alterações de altitude (voar ou mergulhar),
  • Tabagismo,
  • Doença do refluxo gastroesofágico.

Sintomas

A sinusite pode ser:

  • Aguda, quando os sintomas estão presentes por um período inferior a 12 semanas.
  • Crônica, quando o inchaço e a inflamação dos seios nasais estão presentes por mais de 12 semanas.

A sinusite crônica e sinusite aguda têm sinais e sintomas semelhantes, mas a sinusite aguda é uma infecção temporária dos seios muitas vezes associada a um resfriado. Já a rinossinusite crônica corresponde a um processo inflamatório com duração prolongada. Para o diagnóstico de rinossinusite crônica devemos ter dois ou mais dos seguintes sinais:

  • Pressão ou dor facial;
  • Redução ou perda do olfato;
  • Duração maior que 12 semanas;
  • Dor de ouvido;
  • Dores no maxilar superior e dentes;
  • Tosse;
  • Garganta inflamada;
  • Mau hálito;
  • Fadiga ou irritabilidade;
  • Náusea.

Os sinais e sintomas de sinusite crônica são semelhantes à sinusite aguda, exceto que eles duram mais tempo e muitas vezes causam mais fadiga. Febre não é um sinal comum de sinusite.

Diagnóstico

O diagnóstico da sinusite é predominantemente clínico, ou seja, feito através dos sintomas descritos pelos pacientes associados a dados obtidos pelo exame clínico realizado pelo médico. Em situações específicas, pode ser necessário o emprego de exames complementares, como tomografia computadorizada. Exames de sangue normalmente não são necessários.

Tratamento

O tratamento baseia-se em medidas para aliviar sintomas e combater o fator desencadeante. O uso de solução salina ou soro fisiológico através de lavagens nasais é uma medida muito útil em todos os casos de sinusite, independentemente da causa da mesma.

Os corticoides inalatórios, também são bastante úteis. O uso de descongestionantes em geral não é recomendado. Também se indica o uso de corticoide sistêmico para alívio dos sintomas e controle do processo inflamatório.

O emprego de antibióticos reserva-se a casos com presumível causa bacterina e deve ser criteriosamente avaliado pelo médico.

Fontes:

Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.

Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.