O Tétano é uma infecção causada por bactéria encontrada na natureza e não é contagiosa. A principal forma de prevenção é por meio da vacina pentavalente. A bactéria causadora do tétano acidental pode ser encontrada na pele, fezes, terra, galhos, plantas baixas, água suja, poeira.
Se o tétano infeccionar e não for tratado corretamente, pode matar. As chances de morrer dependem da idade, tipo de ferimento, além da presença de outros problemas de saúde, como complicações respiratórias, renais e infecciosas.
O tétano caracteriza-se pelos seguintes sinais e sintomas:
O tétano não é uma doença transmitida de pessoa a pessoa. A transmissão ocorre, geralmente, pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa. O período de incubação (tempo que os sintomas levam para aparecer desde a infecção) é curto: em média de 5 a 15 dias, mas pode variar de 3 a 21 dias. Nos casos em que o período de incubação é menor que 7 dias, o prognóstico é pior. Quanto menor for o tempo de incubação, maior a gravidade e pior o prognóstico.
O diagnóstico do tétano é clínico, ou seja, não depende de confirmação laboratorial. Os exames laboratoriais auxiliam apenas no controle das complicações e tratamento do paciente. O hemograma habitualmente é normal, exceto quando há alguma outra infecção. As radiografias de tórax e da coluna vertebral devem ser realizadas para o diagnóstico de infecções pulmonares e fraturas de vértebras. Hemoculturas, culturas de secreções e de urina são indicadas apenas nos casos de outra infecção.
Em relação às formas generalizadas do tétano, que podem apresentar sintomas parecidos com os de outras doenças, incluem-se os seguintes diagnósticos diferenciais:
Sempre que houver lesão da pele/mucosa, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar o serviço de saúde mais próximo para avaliar a necessidade de utilização de vacina ou soro. Se apresentar um dos sinais e sintomas característicos do tétano, após lesão na pele/mucosas, procure com urgência a unidade ou equipe de saúde mais próxima. Lembre-se de explicar ao médico como ocorreu e o que causou a lesão.
O doente deve ser internado em unidade assistencial apropriada, preferencialmente em unidade de terapia intensiva (UTI) onde existe suporte técnico necessário ao seu manejo e suas complicações, com consequente redução das sequelas e e risco de morte.
Na indisponibilidade de leitos de UTI ou unidades semi-intensivas, a internação deve ocorrer em unidade assistencial, em quarto individual com o mínimo de barulho, de luminosidade e com temperatura estável e agradável. Casos graves têm indicação de terapia intensiva.
Os princípios básicos do tratamento do tétano são:
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. É causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados e é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns em todo o mundo.
As principais vias de transmissão da toxoplasmose são:
A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não apresenta sintomas e, por isso, não precisam de tratamentos específicos. A doença em outros estágios, no entanto, pode trazer complicações, como sequelas pela infecção congênita (gestantes para os filhos), toxoplasmose ocular e toxoplasmose cerebral em pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido, como transplantados, pacientes infectados com o HIV ou em tratamento oncológico.
Os sintomas da toxoplasmose são variáveis e associados ao estágio da infecção, (agudo ou crônico). Os sintomas normalmente são leves, similares à gripe, dengue e podem incluir dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos.
Os recém-nascidos que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais no período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Esses casos costumam ter, com mais frequência, sequelas graves, como acometimento visual em graus variados, retardo mental, anormalidades motoras e surdez. As sequelas são ainda mais frequentes e mais graves nos RN que já apresentam sinais ao nascer, com acometimento visual em graus variados, retardo mental, crises convulsivas, anormalidades motoras e surdez.
O diagnóstico da toxoplasmose é baseado, principalmente, em exames de sangue. Em alguns casos, pode ser necessário combinar outros tipos de exames laboratoriais para uma avaliação mais detalhada.
Durante a investigação de surtos, o diagnóstico laboratorial deve ser feito por exames realizados nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública, Laboratórios de Referência Regional ou Nacional ou Centros Colaboradores do Ministério da Saúde. Na ausência de surtos, a confirmação dos casos de toxoplasmose deve ocorrer por meio de avaliação clínica em conjunto com exames laboratoriais realizados de acordo com avaliação e recomendações médicas.
A toxoplasmose normalmente evolui sem sequelas em pessoas com boa imunidade, desta forma não se recomenda tratamento específico, apenas tratamento para combater os sintomas. Pacientes com imunidade comprometida ou que já tenham desenvolvido complicações da doença (cegueira, diminuição auditiva) são encaminhados para acompanhamento médico especializado.
O tratamento e acompanhamento da doença estão disponíveis, de forma integral e gratuita, pelo Sistema Único de Saúde. Em caso de toxoplasmose na gravidez, é importante o acompanhamento no pré-natal e a pratica das orientações que forem repassadas pelas equipes de saúde.
A principal medida de prevenção da toxoplasmose é a promoção de ações de educação em saúde, principalmente em mulheres que estão em idade fértil e pessoas com imunidade comprometida. É fundamental manter uma higiene alimentar. Saiba mais sobre as medidas de prevenção e controle que devem ser adotados para evitar a infecção por toxoplasmose.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.
A trombose ocorre, geralmente, após cirurgia, corte ou falta de movimento por muito tempo, sendo mais frequente após procedimentos cirúrgicos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos. Apesar de ser um problema que geralmente afeta mais mulheres, homens também podem ter trombose. Em números, quando é avaliada apenas a faixa entre 20 a 40 anos, a incidência de trombose é um pouco maior nas mulheres pela maior exposição a fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações.
A trombose pode ser classificada de duas formas:
A trombose também pode se manifestar de diferentes formas:
A trombose possui várias causas e fatores de risco. A maior parte delas são evitáveis, então procure sempre um médico e faça exames regularmente, além de manter um estilo de vida saudável. As principais causas da trombose são:
A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando presentes, os principais sintomas são nessa forma da doença são:
Os pacientes submetidos a cirurgias de joelho, quadril e trauma (como fraturas) são os principais grupos de risco. A trombose que pode ocorrer após uma cirurgia ortopédica é geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia, causando dor e inchaço.
Às vezes coágulos podem se soltar, viajando pelo sangue até ‘encalhar’ no pulmão, o que é chamado de embolia pulmonar. Essa condição, que provoca uma súbita falta de ar, pode ser bastante grave e exige atendimento imediato. Sinais claros podem indicar o desenvolvimento de coágulos sanguíneos (trombose):
Para fazer o diagnóstico da trombose, o médico fará, inicialmente, um exame clínico, com base nos sintomas que cada paciente apresentar. Para confirmar, podem ser solicitados alguns exames, como, por exemplo:
Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento da trombose deve começar imediatamente. O tratamento tem três objetivos:
Durante o tratamento, existem medicamentos e outras formas de complementar o tratamento, conforme indicação médica de acordo com cada caso. Entre as opções estão:
Pequenos cuidados podem prevenir a trombose tanto pós-cirurgia como no cotidiano. Por isso, é fundamental manter-se em movimento, se possível, fazer atividades físicas rotineiramente. Além de ingerir bastante líquido. As principais formas de prevenir a trombose são:
Algumas atitudes também ajudam a diminuir o risco de se desenvolver uma trombose:
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.
Tuberculose é uma doença infecciosa que pode acometer diversos órgãos, sendo o pulmão o mais frequente.
A tuberculose pulmonar é causada por um bacilo (um tipo de bactéria) chamado Mycobacterium tuberculosis, que se espalha entre as pessoas através das secreções respiratórias dos indivíduos contaminados. A depender do estado imunológico do paciente podemos dizer que a tuberculose é ativa (significa que o indivíduo está doente) ou é latente (significa que o indivíduo não está doente).
Os sintomas mais comuns da tuberculose pulmonar ativa são tosse (geralmente prolongada, por pelo menos três semanas), febre, sudorese noturna e perda de peso.
Quando houver suspeita diagnóstica de tuberculose ativa o médico deve solicitar inicialmente um RX simples de tórax e a pesquisa do bacilo no escarro. A partir daí é importante haver o encaminhamento para um médico especialista.
A tuberculose é uma doença de notificação compulsória no Brasil, de tal forma que o tratamento é feito com antibióticos fornecidos apenas nos centros de referência. O tempo de tratamento é prolongado (pelo menos seis meses) e a depender se a tuberculose for ativa ou latente o tratamento é feito com um ou mais remédios.
Medidas simples como alimentação saudável e tempo adequado de sono são importantes para o organismo. Uma higiene adequada das mãos também é importante na prevenção de doenças infecciosas. Tossir com etiqueta (cobrir nariz e boca ao tossir) também é importante, assim como não fumar, já que foi demonstrado que o tabagismo aumenta a infectividade e a mortalidade por tuberculose. A vacinação com BCG feita no recém-nascido ajuda a proteger contra as formas graves de tuberculose (meningite, encefalite e tuberculose miliar), mas não evita a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis.
Fontes:
Guia de Doenças e Sintomas. Hospital Albert Einstein.
Saúde de A a Z. Ministério da Saúde.