Vigilância em Saúde
Vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la
(LANGMUR, 1963).
No campo da saúde, a vigilância está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de doenças. Além disso, integra diversas áreas de conhecimento e aborda diferentes temas, tais como política e planejamento, territorialização, epidemiologia, processo saúde-doença, condições de vida e situação de saúde das populações, ambiente e saúde e processo de trabalho. A partir daí, a vigilância se distribui entre: epidemiológica, ambiental, sanitária e saúde do trabalhador.
A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação compulsória e investiga epidemias que ocorrem em territórios específicos. Além disso, age no controle dessas doenças específicas.
A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e social na saúde. As ações neste contexto têm privilegiado, por exemplo, o controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle de vetores de transmissão de doenças – especialmente insetos e roedores.
As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos e serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e ao meio ambiente.
Já a área de saúde do trabalhador realiza estudos, ações de prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho.
FONTE: FIOCRUZ
Papéis e Responsabilidades da Vigilância em Saúde
- Ações de vigilância, prevenção e controle de agravos, prioritariamente com ações de promoção à saúde
- Monitoramento epidemiológico das doenças transmissíveis e não transmissíveis, de atividades sanitárias programáticas, de vigilância em saúde ambiental e saúde do trabalhador,
- Elaboração e análise de perfis demográficos epidemiológicos, proposição de medidas de controle
CIEVS
Centro de Informações e Estratégias de Vigilância em Saúde
- Monitoramento Sistemático das doenças e agravos de Notificação Compulsória Imediata (DNCI);
- Busca ativa e passiva, 24 horas por dia, 7 dias por semana;
- Investigações e respostas a casos e surtos e epidemias; doenças emergentes e agravos inusitados;
- Os CIEVS são referência nacional na detecção e na resposta às emergências.
GEDT
Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis
Finalidade:
- coleta, análise e divulgação de informações de fatores que influenciam a saúde, de todos os agravo e doenças transmissíveis de notificação obrigatória, seja imediata (DNCI) ou não;
- A notificação na maioria é mediante suspeita, e requer com frequência imedidas
Áreas Técnicas:
- IST/HIV/AIDS/HV/Zika Congênita/Hepatites Virais;
- Arboviroses: Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela…
- Zoonoses: Leishmaniose, doença de Chagas, Leptospirose, Peste, Raiva, Epizootias…
- Tuberculose/Hanseníase
- Doenças imunopreveníveis: Influenza (H1N1), meningites, sarampo/rubéola, pólio, tétano…
- Controle Vetorial;
- Controle de Infecção Hospitalar e Segurança do Paciente;
- Programa Nacional de Imunização (PNI)/ Rede de Frio.
GDANT
Gerência de Vigilância e Controle de Doenças não Transmissíveis
Vigilância das principais DCNT e seus fatores de risco
- Doenças cardiovasculares, Doenças respiratórias crônicas, Diabetes e Câncer.
- Tabagismo, Uso nocivo do álcool, Alimentação não saudável, Atividade física insuficiente.
Vigilância das Causas externas
- Violências
- Acidentes
Vigilância das Intoxicações Exógenas
GIANS
Gerência de Informação e Análise da Situação da Saúde
Finalidade:
Conhecer a situação de saúde de uma população em determinado território e/ou contexto, a fim de subsidiar a tomada de decisão em saúde de maneira oportuna, em todas as instâncias.
Áreas Técnicas:
Assessoria Técnica de Sistemas de Informação
Gerenciamento e qualificação dos sistemas de informação de racionalidade epidemiológica (SIM, SINAN, SINASC etc.);
Gerenciamento da guarda, distribuição e captação dos documentos oficiais de registro de óbitos e nascimentos;
Assessoria Técnica de Análise da Situação de Saúde
Produção de informação por meio de publicações;
Manejo de indicadores em saúde, auxiliando no processo de pactuação e acompanhamento;
Vigilância do câncer, por meio dos Registros de Câncer (Hospitalar e de Base Populacional);
Assessoria Técnica de Vigilância do Óbito
Fomentar e auxiliar o processo de investigação de óbitos considerados prioritários.
Bases legais
- 5ª Conferência Nacional de Saúde (1975): instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
- Lei 8.080/90: incorpora a Vigilância Epidemiológica ao Sistema Nacional de Saúde
“Conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes, as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças”.
- Portaria MS nº 1.399/99
- Regulamenta as competências da união, estados, municípios e distrito federal, na área de epidemiologia e controle de doenças e define as atribuições de cada nível de gestão
- Estabelece sistemática de financiamento
- Propõe as bases para o controle e avaliação do sistema, atrelando repasses financeiros ao alcance de metas pactuadas a partir de parâmetros definidos nacionalmente
Finalidade:
Identificação de riscos ou perigos no ambiente (água, ar e solo), que possam causar doenças, incapacidades e mortes com o objetivo de adotar ou recomendar medidas para a remoção ou redução da exposição a estas situações de risco.
Participa na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico.
FOCO: Interação entre a saúde humana e os fatores do meio ambiente natural e antrópico
Áreas Técnicas
Vigilância de Qualidade da Água
VIGIAGUA: Garantir a qualidade da água para consumo humano, atuando em todas e quaisquer formas de abastecimento de água coletivas ou individuais, na área urbana e rural, de gestão pública ou privada, através de ações de VIGILÂNCIA e CONTROLE;
Vigilância de Outros Riscos Ambientais
VIGIPEQ: Identificar populações expostas ou sob risco de exposição a áreas contaminadas por produtos químicos (VIGISOLO), por exemplo agrotóxicos (VIGIQUIM); e poluentes atmosféricos (VIGIAR);
VIGIAPP: Identificar as fontes de riscos de acidentes com produtos perigosos, com objetivo de minimizar o número de vítimas;
VIGIDESASTRE: Proteção da saúde da população em consequência de desastres como, enchentes, secas, deslizamentos.
Finalidade:
Suporte laboratorial às atividades de vigilância em saúde (GEDT, GVAM, GVISA E CEREST). Assistência médica das doenças/agravos de notificação compulsória.
Os LACENs fazem parte do Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública – SISLAB, composto de um conjunto de laboratórios, organizadas em sub-redes:
- Por agravos ou programas;
- Hierarquizada por grau de complexidade das atividades.
Vigilância em Saúde do Trabalhador compreende uma atuação continua e sistemática, ao longo do tempo, no sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seus aspectos tecnológico, social, organizacional e epidemiológico, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a eliminá-los ou controlá-los. Ou seja, é a vigilância da produção do trabalho.
Objetivos:
- identificação das atividades produtivas da população trabalhadora e das situações de risco ã saúde dos trabalhadores no território;
- identificação das necessidades, demandas e problemas de saúde dos trabalhadores no território;
- realização da análise da situação de saúde dos trabalhadores;
- intervenção nos processos e ambientes de trabalho;
- produção de tecnologias de intervenção, de avaliação e de monitoramento das ações de VISAT;
- controle e avaliação da qualidade dos serviços e programas de saúde do trabalhador, nas instituições e empresas públicas e privadas;
- produção de protocolos, de normas técnicas e regulamentares; e
- participação dos trabalhadores e suas organizações;
II – Promover a saúde e ambientes e processos de trabalhos saudáveis, o que pressupõe:
- estabelecimento e adoção de parâmetros protetores da saúde dos trabalhadores nos ambientes e processos de trabalho;
- fortalecimento e articulação das ações de vigilância em saúde, identificando os fatores de risco ambiental, com intervenções tanto nos ambientes e processos de trabalho, como no entorno, tendo em vista a qualidade de vida dos trabalhadores e da população circunvizinha;
- representação do setor saúde/saúde do trabalhador nos fóruns e instâncias de formulação de políticas setoriais e intersetoriais e às relativas ao desenvolvimento econômico e social;
- inserção, acompanhamento e avaliação de indicadores de saúde dos trabalhadores e das populações circunvizinhas nos processos de licenciamento e nos estudos de impacto ambiental;
- inclusão de parâmetros de proteção à saúde dos trabalhadores e de manutenção de ambientes de trabalho saudáveis nos processos de concessão de incentivos ao desenvolvimento, nos mecanismos de fomento e outros incentivos específicos;
- contribuição na identificação e erradicação de situações análogas ao trabalho escravo;
- contribuição na identificação e erradicação de trabalho infantil e na proteção do trabalho do adolescente; e desenvolvimento de estratégias e ações de comunicação de risco e de educação ambiental e em saúde do trabalhador;
Finalidade:
- Promoção e proteção à saúde dos trabalhadores;
- Recuperação e à reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho;
- Dar suporte técnico e educação permanente à rede de atenção à saúde do trabalhador
- Apoio matricial para o desenvolvimento das ações de ST na AB, nos serviços especializados e de urgência e emergência, bem como na promoção e vigilância nos diversos pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde;
Finalidade:
Proteger e promover a saúde da população, garantindo a segurança sanitária na produção e circulação de bens e na prestação de serviços de interesse da saúde.
Evitar e/ou reduzir a morbimortalidade através da prevenção, estabelecendo e acompanhando o cumprimento de parâmetros e normas para garantir a melhoria da qualidade de vida da população.
Ações desenvolvidas
- Elaborar normas e regulamentos técnicos para produtos e serviços;
- Registro de produtos;
- Cadastrar, inspecionar, conceder licença sanitária;
- Análises de Projetos Arquitetônicos;
- Monitorar: produtos, serviços, mercado e publicidade;
- Investigação surtos e agravos;
- Colher amostra para análise fiscal;
- Autorização de funcionamento;
- Orientação e educação;
- Atendimento às denúncias;
O que é
Inspecionar os serviços de alimentos na perspectiva de garantir a qualidade dos mesmos.
Objetivo
Inspeção dos serviços de alimentos;
- Coleta de alimentos com vistas a análises fiscais e de controle em parceria com o LACEN.
- Recebimento, analise, avaliação e encaminhamento de soluções para reclamos da população, órgãos públicos, associações comunitárias e ONGS no campo da inspeção e controle qualidade dos alimentos;
- Cooperação técnica, acompanhamento e avaliação e/ou supervisão dos municípios no desempenho de suas responsabilidades no campo da inspeção e controle de qualidade dos alimentos;
- Viabilização do monitoramento da qualidade dos alimentos em articulação com a vigilância epidemiológica (DIVEP) e a vigilância ambiental (DIVISAM) em especial no tocante à vigilância e controle de doenças transmitidas por alimentos e por veiculação hídrica;
- Inspeção, licenciamento e fiscalização do controle da qualidade dos fontanários de água mineral;
- Recebimento e analise das solicitações de registro de produtos e autorização de funcionamento, com vistas ao encaminhamento à ANVISA;
- Análise e emissão de parecer com vistas à expedição de alvará sanitário e licença de funcionamento;
O que é
Prestar apoio técnico aos municípios no de processo de descentralização das ações de Vigilância Sanitária, na perspectiva do fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
Objetivo
- Executar outras ações inerentes à área quando designado.
- Coordenar a elaboração do plano de ação;
- Implementar ações de vigilância sanitária nos municípios;
- Coordenar a implantação e implementação do processo administrativo sanitário;
- Elaborar os relatórios gerenciais;
- Coordenar o processo de planejamento anual das ações;
- Acompanhar, avaliar e / ou supervisionar os municípios no desenvolvimento das ações da vigilância sanitária, em especial no que tange ao processo de descentralização;
- Orientar, acompanhar e controlar o cumprimento de toda legislação pertinente à vigilância sanitária;
- Acompanhar e avaliar o desenvolvimento das ações definidas nos termos de ajustes e metas para as ações de alta e média complexidade em vigilância sanitária, bem como nos instrumentos de pactuação e negociação no âmbito da vigilância à saúde e da atenção básica;
- Prestar cooperação técnica aos municípios no âmbito da promoção da vigilância sanitária, bem como para elaboração e execução do termo de ajustes e metas para ações de alta e média complexidade;
O que é
Inspecionar os serviços de saúde na perspectiva de garantir a qualidade sanitária dos mesmos.
Objetivo
Inspecionar os serviços de hemodiálise, hemoterapia, radiação ionizante, alimentação enteral e parenteral, quimioterapia, radioterapia, tomógrafo, mamógrafo, órtese e prótese no estado;
-Realizar análise e emitir parecer com vistas à expedição de alvará sanitário e licença de funcionamento;
- Controlar a qualidade dos serviços prestados pela rede hospitalar pública, particular e conveniada com o SUS e/ou filantrópico;
- Executar outras ações inerentes à área quando designado.
- Inspeção em estabelecimentos que utilizam aparelhos que emitem imagem por ultra-som e que realizam reabilitação física;
- Inspecionar os bancos de leite humano;
- Inspecionar os consultórios médicos e odontológicos nos municípios não aptos a desenvolverem estes serviços;
- Análise de projetos arquitetônicos de estabelecimentos assistenciais de saúde e projetos de radio proteção;
- Prestar cooperação técnica aos municípios no campo de inspeção e controle de unidades de saúde;
- Inspecionar farmácias hospitalares, laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica e citológica (publico/privado), as UTIs instaladas no estado;
O que é
A Gerência de Serviço de Controle de Medicamentos e Drogas tem por objetivo. Implementar e otimizar as atividades de normatização, orientação e fiscalização junto aos estabelecimentos envolvidos nas atividades de fabricação, manipulação, distribuição, armazenamento, transporte, comercialização e propaganda de medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, cosméticos, saneantes domissanitários e correlatos, visando garantir a qualidade e eficácia dos produtos fornecidos à população geral
Objetivo
- Atendimento a denúncias;
- Executar outras ações inerentes à área quando designado.
- Cadastramento, recadastramento e peticionamento eletrônico da ANVISA/MS;
- Inspecionar, fiscalizar e liberar alvará sanitário estadual para estabelecimentos envolvidos na fabricação, manipulação, distribuição, armazenamento, transporte, comercialização e propaganda de medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, cosméticos, saneantes domissanitários e correlatos;
- Liberação de Notificação de receita A e autorização para confecção receituários (B, B2, Retinóides e Talidomida) de medicamentos controlados;
- Realizar ações educativas;
- Monitorar e Fiscalizar a Propaganda, Publicidade, Promoção e Informação de Produtos sujeitos à Vigilância Sanitária;
- Monitoramento dos estabelecimentos sujeitos ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados ? SNGPC;
- Fazer cumprir à legislação referente a substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial;
- Realização de ações conjuntas a fim de treinar os técnicos das VISAs municipais para descentralização de ações de fiscalização e liberação de alvará sanitário para farmácias, drogarias e postos de medicamentos nos municípios;
- Supervisionar e acompanhar os municípios que executam as fiscalizações em farmácias e Drogarias;
Slide #2 Content
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